Energia solar fotovoltaica poderia
abastecer sertão com água potável em períodos de seca
http://www.ipunoticias.net/2012/05/nordeste-enfrenta-pior-seca-dos-ultimos.html
Embora no Brasil seja de uso restrito a algumas áreas remotas, a tecnologia
fotovoltaica poderia ser usada para produzir água potável, contribuindo para
amenizar a vida de milhões de brasileiros que vivem em regiões sujeitas a
secas.
No
recém-lançado livro Métodos
de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos: Aplicações em dessalinização, Sandro
Jucá e Paulo Carvalho mostram como. A publicação é da Espaço Científico Livre
Projetos Editoriais (Duque de Caxias: 2013).
A
conversão direta da luz solar em eletricidade vem sendo cada vez mais adotada
por países industrializados que buscam tornar suas matrizes energéticas menos poluentes.
No ano passado, os cinco maiores mercados fotovoltaicos do mundo foram Alemanha,
China, Itália, Estados Unidos e Japão.
A
capacidade global instalada com energia solar fotovoltaica alcançou em 2012 a
marca de 70 GW, com novas instalações somando 30 GW. Segundo a Agência
Internacional de Energia, a energia fotovoltaica deve
responder por 1/3 da produção global de eletricidade renovável até 2017, ou 230
GW – um crescimento de mais de 300% em relação à potência atualmente instalada.
A
consultoria McKinsey & Co projeta para 2030 uma capacidade fotovoltaica global
de até 600 GW, quase cinco vezes toda a capacidade elétrica instalada no Brasil
hoje.
Diversas
são a aplicações da energia solar fotovoltaica, entre elas: espaciais (espaçonaves
e satélites), telecomunicações, uso residencial, agrícola (irrigação), industrial,
usinas elétricas e geração distribuída (instalações conectadas à rede).
No
Brasil, a energia fotovoltaica é usada ainda de forma incipiente, sem nenhum impacto
em nossa matriz energética. No
entanto, uma das aplicações “nobres” dessa tecnologia aqui seria a produção de
água potável – como destacam os pesquisadores Sandro Jucá (IFCE) e Paulo
Carvalho (UFC) – especialmente em áreas altamente ensolaradas, onde a
disponibilidade de energia solar é alta e as distâncias (para se expandir a
rede elétrica) são grandes.
Conforme
é destacado em Métodos
de dimensi0namento de sistemas fotovoltaicos, a Associação
Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS) estima que 19,5 bilhões de m3
podem ser extraídos do subsolo do Nordeste, cerca de 40 vezes mais do que hoje
é aproveitado.
Este
gigantesco reservatório poderia ser explorado de forma sustentável, amenizando consideravelmente
os efeitos das secas na região. Esta água, normalmente salobra, pode ser
dessalinizada por eletrodiálise – processo que requer eletricidade, a qual
poderia ser suprida por painéis fotovoltaicos, defendem Jucá e Carvalho.
“[Métodos de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos é] uma
ferramenta de fácil utilização para o dimensionamento de sistemas fotovoltaicos
autônomos e de dessalinização por eletrodiálise em regiões áridas e semiáridas que
apresentem problemas no abastecimento de água potável”, assinalam os autores do
livro.
Esta
e outras aplicações da energia solar fotovoltaica em áreas remotas não
conectadas à rede elétrica parecem se justificar, embora os custos dessa fonte
renovável para a geração elétrica em grande escala sejam ainda proibitivos em
nosso país.
Apesar de já regulamentada pela Aneel, a geração individual de eletricidade fotovoltaica no Brasil está longe de se tornar economicamente viável. Um telhado fotovoltaico para gerar energia para uma família de 4 pessoas custa cerca de R$ 18 mil, com retorno do investimento previsto para 10 anos; a vida útil dos painéis é estimada em 35 anos, e a garantia dos fabricantes varia entre 20 e 25 anos.
Um questão de prioridade, sem dúvida. Enquanto a Alemanha – onde a incidência de radiação solar é pífia comparada à do Brasil – tem 35% de toda a capacidade fotovoltaica instalada no mundo, nossa participação no aproveitamento global dessa fonte é de apenas 0,04%.
Fonte: http://issuu.com/espacocientificolivre/docs/metodosdedimensionamentodesistemasfotovoltaicos
Apesar de já regulamentada pela Aneel, a geração individual de eletricidade fotovoltaica no Brasil está longe de se tornar economicamente viável. Um telhado fotovoltaico para gerar energia para uma família de 4 pessoas custa cerca de R$ 18 mil, com retorno do investimento previsto para 10 anos; a vida útil dos painéis é estimada em 35 anos, e a garantia dos fabricantes varia entre 20 e 25 anos.
Um questão de prioridade, sem dúvida. Enquanto a Alemanha – onde a incidência de radiação solar é pífia comparada à do Brasil – tem 35% de toda a capacidade fotovoltaica instalada no mundo, nossa participação no aproveitamento global dessa fonte é de apenas 0,04%.
Fonte: http://issuu.com/espacocientificolivre/docs/metodosdedimensionamentodesistemasfotovoltaicos
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