Criação de
fundo para ‘perdas e danos’ é maior conquista da cúpula climática;
omissão sobre redução drástica de emissões, seu maior fracasso
Encerrada no último
domingo, a Conferência das Partes do Egito (COP27) teve um desfecho favorável
ao clamor de ambientalistas e representantes de nações do hemisfério Sul – onde
está a maioria dos países mais vulneráveis ao aquecimento global: o compromisso
dos países ricos e maiores emissores de carbono com a “justiça climática”.
Por outro lado, frustrou cientistas e outros tantos militantes da causa climática, pela falta de respostas à necessária redução drástica das emissões de gases nocivos à atmosfera, uma urgência eloquentemente reafirmada nos relatórios mais recentes do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês).