quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Destruição da Amazônia: bancos investiram R$ 60 bilhões em frigoríficos desmatadores, entre 2016 e 2020

42% do investimento global em commodities brasileiras foram para produção de carne, uma atividade de alto impacto ambiental

Intervenção de Paula Cardoso sobre fotos de Rogério Cassimiro/Folhapress e Lalo de Almeida/Folhapress https://piaui.folha.uol.com.br/sem-chance-para-o-verde/

O discurso dos detentores do capital financeiro em prol do meio ambiente é o mesmo de sempre: é só para inglês ver! Por um lado, cobram do governo brasileiro medidas contra a destruição dos biomas; por outro lado, seguem investindo bilhões em atividades lucrativas associadas ao desmatamento.

A Forests and Finance (F&F), um consórcio de ONGs ambientais focadas em florestas tropicais, rastreou R$ 990 bilhões investidos entre 2016 e 2020 na produção de carne, óleo de palma, papel e celulose, borracha, madeira e soja em três regiões do mundo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Emissões poluentes: 1% dos mais ricos respondem pelo dobro do CO2 emitido por 50% dos mais pobres

De 1990 a 2015, as emissões antrópicas de carbono cresceram 60%; entre 1% das pessoas mais ricas, as emissões aumentaram três vezes mais do que entre metade das mais pobres

13,5 milhões de brasileiros vivem na miséria com renda mensal de até R$ 145 (~ 25 US dólares)
https://observatorio3setor.org.br/noticias/135-milhoes-de-brasileiros-vivem-na-miseria-com-renda-de-ate-r-145/

A riqueza do planeta está cada vez mais concentrada nas mãos de um pequeno número de pessoas. Os mais ricos consomem muito mais bens e serviços à custa de energia fóssil e, portanto, respondem por emissões de carbono bem maiores do que os mais pobres.

A conclusão de um estudo da Oxfam e o Stockholm Environment Institute, divulgado no último dia 21, é que uma pessoa do grupo dos 1% mais ricos emite mais CO2 do que cem pessoas do grupo dos 50% mais pobres do mundo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Clima: aquecimento global intensifica liberação de metano do fundo do mar no Hemisfério Sul, diz estudo

Cientistas constatam relação entre emissões de CH4 por dissociação de compostos em leitos oceânicos congelados e o aumento da temperatura atmosférica

Estrutura de um pedaço de hidrato de gás. IMAGEM: Wusel007 https://www.offshore-technology.com/features/featuremethane-hydrates-new-gas-boom/

Um trabalho pioneiro, coordenado pelo geólogo brasileiro Marcelo Ketzer, correlaciona o vazamento de grandes quantidades de metano -de áreas geladas em leitos oceânicos austrais- com o aquecimento climático.

Os resultados do estudo estão no artigo Gas hydrate dissociation linked to contemporary ocean warming in the southern hemisphere, publicado recentemente na Nature Communications, em parceria com pesquisadores brasileiros, franceses e suecos.