segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Amazônia: redução acelerada da capacidade de absorver carbono é bomba-relógio para humanidade

Destruição da floresta e emissões agropecuárias contribuem para aquecimento planetário; governo brasileiro apresentou na COP26 dados de desmatamento falsos

Evolução do desmatamento na Amazônia, de 1985 a 2020: floresta nativa dando lugar à área de pasto (paturage) e para agricultura. De 2000 a 2020, a área desmatada destinada à pecuária cresceu 42% e a expansão da fronteira agrícola gerou uma área 77 vezes maior. Fonte: https://www.nature.com/articles/d41586-021-01871-6

A última Conferência das Partes (COP26) foi um festival de greenwashing: grandes lobbies poluidores fazendo publicidade do “ambientalmente correto” de seus grupos econômicos. O Brasil deu sua contribuição ao enorme blá-blá-blá da cúpula climática, pelo sofisma com que exibiu dados alentadores, porém falsos, do desmatamento amazônico.

O ministro do Meio Ambiente mostrou na COP26 que o desmatamento em 2021 foi de 10.308 km2, alegando que o valor fora obtido pelo Prodes (Sistema de Monitoramento por Satélite do Inpe), o que significaria uma redução de 5% em relação a 2020. Falso!

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Conferência Mundial do Clima: balanço da COP26 teria sido excelente se estivéssemos em 1992

Auspiciada por grupos econômicos que investem pesado em combustíveis fósseis, cúpula internacional gerou acordos insuficientes face à urgência climática

https://www.youtube.com/watch?v=KBpADeG3AEY

Se a Conferência das Partes (COP26), concluída no último sábado (13) em Glasgow (Escócia), avançou em alguns pontos específicos, como os acordos para a proteção de florestas e o controle de emissões de metano, globalmente frustrou cientistas e ambientalistas.

Marcada pela ausência dos dirigentes máximos de dois países entre os maiores poluidores do planeta, China e Rússia, a COP26 mostrou que a maioria dos compromissos assumidos no Acordo de Paris não foram cumpridos e que novos aportes financeiros para mitigar a crise climática devem ficar aquém do necessário.

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Conferência Mundial do Clima: começa a tão aguardada COP26, considerada um divisor de águas para a humanidade

‘Parem de cavar nossas próprias covas, salvem nosso futuro!’, conclama o secretário-geral da ONU aos chefes de Estado, na abertura da 26ª Conferência das Partes em Glasgow

FOTO: Guglielmo Mangiapane/Reuters https://www.nature.com/immersive/d41586-021-02815-w/index.html

Efusivo, o dirigente máximo da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, fez um apelo na inauguração da COP26, para que “parem de brutalizar a biodiversidade, de queimar [nossas florestas], de extrair cada vez mais [do que a natureza pode repor]”. O tom certo para o momento de urgência climática que vivemos.

Enquanto isso, o representante do país que abriga o maior bioma tropical do planeta, ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anuncia uma meta de redução de emissões “mais ambiciosa” para 2030, com vistas à neutralidade de carbono em 2050. “Promessa vazia”, reagem os especialistas.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Aquecimento global: qual a importância da COP26 e o que esperar dela?

Próxima conferência mundial sobre o clima acontece dias após anúncio do aumento recorde da concentração de CO2 atmosférico; o que esperar concretamente dos países mais poluidores?

IMAGEM: Getty/BBC https://www.bbc.com/afrique/monde-58970767

Às vésperas de mais uma cúpula climática global, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou nesta segunda-feira (25) que a taxa de aumento anual do CO2 equivalente despejado na atmosfera em 2020 foi “superior à média da última década”; sua concentração superou a marca de 413 ppm (partes por milhão).

Apesar da pandemia de Covid-19 ter reduzido drasticamente a atividade econômica no ano passado, a quantidade de gases de efeito estufa -responsáveis pelo aquecimento global- emitidos atingiu 149% do nível pré-industrial, ou seja, uma concentração 2,5 vezes maior do que há 150 anos.

Mudança climática: degradação de permafrost do Ártico representa ‘riscos bioquímicos emergentes’, diz estudo

Além de emitir gases de efeito estufa, degelo acelerado na região pode liberar patógenos altamente nocivos à saúde humana

Pergelissolo no Ártico canadense. “O permafrost é uma condição térmica, cuja formação, persistência e degradação dependem fortemente do clima”: https://www.campbellsci.com.br/canadian-permafrost

A criosfera da Região Ártica está entrando em colapso e apresenta riscos ambientais superpostos. É o que diz o artigo Emergent Biochemical Risks from Arctic Permafrost Degradation, publicado no mês passado na revista Nature Climate Change.

“O degelo do pergelissolo (permafrost), em particular, ameaça liberar materiais biológicos, químicos e radiativos sequestrados durante dezenas a centenas de milhares de anos”, diz a publicação.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Mudança climática: mais de 99,9% dos estudos afirmam que atividade humana é causa principal

Nova pesquisa amplia ainda mais universo de estudos climáticos que apontam ação antrópica como determinante no aquecimento global

“A mudança climática é uma farsa”. Ideia de que aquecimento global se deve a fenômenos naturais tornou-se mito aos olhos da Ciência do século XXI

Artigo publicado hoje na revista Environmental Research Letters atualiza uma publicação de 2013, que trazia uma concordância de 97% entre estudos climáticos revisados por pares, mostrando que a mão do homem está mudando o clima. Agora essa concordância atinge praticamente 100%.

O resultado da pesquisa de 8 anos atrás considerou trabalhos publicados em revistas internacionais com corpo editorial, entre 1991 e 2012. Já a análise da compilação de textos científicos divulgada hoje, refere-se a estudos publicados entre 2012 e 2020.

domingo, 17 de outubro de 2021

Amazônia: um bem comum da humanidade ou território livre para exploração extrativista e do agronegócio?

Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas reconhece como direito fundamental o acesso a um meio ambiente seguro, limpo, saudável e sustentável

Mulher da tribo Ianomâmi extrai de uma árvore casca medicinal. FOTO: William Milliken

A emenda proposta pelo governo brasileiro ao Conselho da ONU visando flexibilizar a proteção e a sustentabilidade ambiental foi rechaçada na sessão que aprovou, no último dia 8, a declaração de um novo direito humano, que vai de encontro à urgência climática planetária.

Sob tutela militar oficiosa, altamente influenciada pelo negacionismo climático e a pretexto de uma “soberania nacional”, a missão brasileira tentou incluir na resolução da ONU uma cláusula que daria autonomia “a cada Estado sobre seus recursos naturais”.

sábado, 16 de outubro de 2021

‘É preciso legislar para a vida e criar uma sociedade biocêntrica’, diz ambientalista colombiano de 12 anos, Francisco Javier Vera Manzanares

Vídeo divulgado em 26 de setembro de 2021 pelo Canal Youtube Soy Tribu

Aquecimento global: ‘progresso de energias limpas no mundo é ainda muito lento’, diz AIE

Em relatório recente, Agência Internacional de Energia diz que avanços de energia solar e eólica e de veículos elétricos são insuficientes para almejar neutralidade de carbono em 2050

http://nucleaire-nonmerci.net/actualite/voiture-electrique-solaire.html

Considerado a bíblia do setor de energia, o relatório da AIE “World Energy Outlook” (WEO) publicado no último dia 13 apresenta cenários de produção e consumo de energia a médio e longo prazos.

“O desenvolvimento de energias renováveis avança ainda muito devagar para reduzir as emissões globais [de gases de efeito estufa] de modo sustentável para zerar as emissões líquidas, o que indica uma necessidade de ações claras e ambiciosas por parte dos governos”, alerta Faith Birol, diretor executivo da AIE.

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Aquecimento global: 9 países entre os 20 maiores emissores de metano assumem compromisso de redução

Em reunião preparatória para a COP26, vice-presidente da Comissão Europeia diz que ‘melhor estratégia para enfrentar mudança climática é reduzir rapidamente emissões globais de CH4’

Forçagem radiativa – evolução de 1979 a 2010. Adaptado de https://www.futura-sciences.com/planete/definitions/climatologie-forcage-radiatif-10242/

Em escala secular, o gás metano (CH4) tem um poder de aquecimento atmosférico quase 30 vezes maior que o CO2. Responde por 1/3 do chamado “efeito estufa” natural e 17% das emissões antrópicas, ante 65% do CO2.

No mês passado, um conjunto de países responsáveis pela maior parte do CH4 liberado na atmosfera se comprometeu em reduzir as emissões deste gás.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Destruição da floresta Amazônica pode gerar calor extremo para metade dos habitantes da região, diz estudo

Pesquisadores simulam savanização do maior bioma tropical do planeta ao horizonte de 2100; resultados são catastróficos para saúde humana e clima global

https://www.dw.com/pt-br/processo-de-savaniza%C3%A7%C3%A3o-da-amaz%C3%B4nia-j%C3%A1-come%C3%A7ou/a-58809139

Mais de 11 milhões de pessoas que vivem na Amazônia Legal, ou cerca de 50% de sua população, podem ser afetadas pelo calor extremo gerado pelo desmatamento.

É o que diz o estudo Deforestion and climate change are projected to increase heat stress risk in the Brazilian Amazon, publicado hoje na revista Nature, de autoria dos brasileiros Beatriz Oliveira, Marcus Bottino, Paulo Nobre e Carlos Nobre.

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Seca extrema e gestão incompetente colocam Brasil à beira do colapso energético

20 anos após “apagão do governo FHC”, país volta a sofrer crise energética por falta de chuva e planejamento

Produção de energia na usina de Itaipu é a menor desde 1994 https://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_Hidrel%C3%A9trica_de_Itaipu

Afetados pela pior seca dos últimos 91 anos, reservatórios de hidrelétricas das regiões Sul e Centro-Oeste reduziram-se a níveis críticos, com sério risco de um novo “apagão” em boa parte do Brasil.

Em 2001, as hidrelétricas respondiam por 89% da matriz elétrica e não havia instalações geradoras de energia renovável não convencional (biomassa, eólica e solar) para atender à demanda em caso de crise hídrica, como a daquele ano.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Mudança Climática: planeta entra na era dos ‘megaincêndios’

Em poucas semanas, milhões de hectares de florestas foram destruídos por fogo em diferentes continentes; aquecimento global deve tornar esses eventos ainda mais frequentes

Áreas de florestas com mais de 25 hectares devastadas por incêndio, de 1º de julho a 17 de agosto de 2021. Fonte: Copernicus. Infografia: Le Monde

Incêndios de dimensões nunca vistas na história recente tem devastado ecossistemas inteiros mundo afora. Em países ricos e pobres, em diferentes latitudes e climas: de ambos os lados do Atlântico, de parte a parte do Mediterrâneo, da Escandinávia aos Balcãs, da Sibéria ao Saara setentrional.

Artigo publicado hoje no Le Monde online traz um panorama dos últimos fenômenos extremos, na forma de “megaincêndios”, em diversas partes do mundo. O texto tem a colaboração de correspondentes nos Estados Unidos, Rússia, Turquia, Suécia, Argélia e Grécia.

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Mudança Climática: 6º relatório de avaliação do IPCC é ‘sinal vermelho para a humanidade’

Atividade humana está mudando o clima de modo sem precedente e algumas vezes irreversível, diz o aguardado informe científico da ONU

https://www.youtube.com/watch?v=uFSfev42g-4&list=UU-BV48SdxnFNereKJXyXLWg&t=40s

O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), coordenado pela ONU, divulgou hoje o seu mais importante relatório científico desde 2014: o 6º Relatório de Avaliação (AR6 Climate Change 2021: The Physical Science Basis).

Aprovado por 234 autores e 195 governos, é indiscutivelmente o trabalho de maior abrangência e consistência que o IPCC já produziu. Uma contribuição do Grupo de Trabalho I, que traz os últimos avanços da ciência climática, combinando múltiplas linhas de evidências do paleoclima, observações, processos de compreensão e simulações climáticas global e regional. 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Mudança Climática: por que o próximo relatório de especialistas da ONU é tão aguardado?

Informe científico previsto para 9 de agosto deve reforçar alertas anteriores sobre consequências nefastas do aquecimento global, à luz de novos conhecimentos

Pesquisadores da Universidade de Northumbria (Reino Unido) investigam degelo de permafrost na Sibéria https://phys.org/news/2021-03-impact-climate-siberia-permafrost.html Impacto do aquecimento global sobre áreas geladas, como glaciais e permafrost, que representam 10% da superfície terrestre, é objeto de “relatório de avaliação” do IPCC/ONU  

Daqui há 12 dias, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), coordenado pela ONU, deve emitir um novo alerta sobre a situação climática planetária. E não será apenas “mais um”.

Desta vez o que será publicado resulta de uma compilação de 14 mil artigos científicos. Trata-se da primeira parte da 6ª edição de um “relatório de avaliação” que o IPCC divulga a cada sete anos.

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Poluição luminosa: pesquisadores franceses alertam sobre consequências nefastas para biodiversidade

‘Excesso de luz artificial constitui fonte de perturbação para ecossistemas e representa desperdício energético considerável’, diz estudo

Imagem aérea noturna da Europa em 18 de março de 2021. FOTO: Pierre Boccon-Gibod

O Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS) propõe uma nova prática para combater a poluição luminosa: a adoção de “redes ecológicas escuras”.

A nova abordagem resulta de um estudo que sintetiza uma série de pesquisas sobre o impacto da luz artificial nos seres vivos. Ele revela os limites da política predominante para iluminação de espaços públicos como estratégia para atenuar os efeitos nocivos à vida causados por essas instalações.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Covid-19 e meio ambiente: preservação de biodiversidade para evitar pandemias é consenso entre cientistas, em livro lançado na França

Dezenas de especialistas consultados afirmam em publicação que só a prática ecológica pode nos livrar de uma ‘era de confinamento crônico’

Coautora do livro La Fabrique des Pandémies (Ed. La Découverte), a premiada jornalista francesa Marie-Monique Robin. https://www.lemediatv.fr/emissions/2021/covid-19-la-fabrique-des-pandemies-W_8vVvh-QNqdUXgZldRVkg

A jornalista francesa Marie-Monique Robin e seu compatrício Serge Morant, ecologista e especialista em doenças infecciosas, são os autores de “Fábrica de Pandemias – Preservar a biodiversidade, um imperativo para a saúde” (Paris: Editora La Découverte), obra que elucida porque “face a novas doenças contagiosas, a biodiversidade é sinônimo de resiliência”.

Lançado em fevereiro de 2021, o livro é embasado por explicações de 62 cientistas, uníssonos em defender enfática e urgentemente a preservação da biodiversidade como solução para impedir futuras pandemias.

domingo, 27 de junho de 2021

Aquecimento global: agência americana NOAA registra novo recorde de CO2 atmosférico

Apesar da pandemia, emissões de gases de efeito estufa expressas em dióxido de carbono alcançaram nível máximo desde o início das medições

Catarina, primeiro ciclone observado no Atlântico Sul em 2004, é um fenômeno climático extremo. Imagem: NASA/Earth Observations Laboratory

A Agência Oceânica e Atmosférica Americana (NOAA) informou no último dia 7 que a concentração de CO2 na atmosfera atingiu no mês passado seu maior valor desde os primeiros registros, há 63 anos.

De acordo com dados do Observatório Vulcânico de Mauna Loa, no Havaí (EUA), a taxa média de CO2 atmosférico em maio de 2021 superou 419 ppm (partes por milhão).

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Biodiversidade e clima são dois lados da mesma moeda e devem ser foco do mesmo combate, alertam IPBES e IPCC em parceria inédita

Principais instâncias científicas mundiais sobre biodiversidade e mudança climática advertem sobre perigo de ações centradas no clima impactar ecossistemas e vice-versa

https://www.ipbes.net/sites/default/files/2021-06/20210609_workshop_report_embargo_3pm_CEST_10_june_0.pdf

Pela primeira vez, a Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Ecossistemas (IPBES) da ONU e seu homólogo para o clima (IPCC) realizaram um trabalho conjunto, que durou cinco anos.

No relatório Biodiversity and Climate Change, publicado no último dia 10, cientistas da IPBES e do IPCC acenderam a luz amarela do “semáforo da encruzilhada ambiental”, alertando para o risco de um iminente ponto de inflexão global.

terça-feira, 8 de junho de 2021

Usina fotovoltaica gigantesca é instalada em barragem de hidrelétrica na Tailândia

São mais de 140 mil painéis solares flutuantes, distribuídos em uma área de 700 mil metros quadrados

Central fotovoltaica instalada na barragem da hidrelétrica de Siridhorn, na província de Ubon Ratchathani (Tailândia)
https://www.reuters.com/business/sustainable-business/thailand-floats-hydro-solar-projects-its-dams-fossil-fuel-supplement-2021-04-20/

Com 70 milhões de habitantes e fortemente dependente de energia fóssil, o país do Sudeste Asiático deu um passo importante em sua transição energética para fontes renováveis.

Aproveitando a superfície livre do reservatório da hidrelétrica de Sirindhorn, no Nordeste do país, 144.417 painéis fotovoltaicos estão sendo instalados para prover uma capacidade de 45 MW (mega-watts) de energia renovável.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

França testa seu primeiro biocombustível de aviação em voo intercontinental

O combustível renovável adicionado ao querosene permitiu evitar durante a viagem o despejo na atmosfera de 20 toneladas de CO2

https://twitter.com/AnneRigail/status/1394627468745662467/photo/1

O Airbus A350-900, do voo 342 da Air France, decolou ontem de Paris às 15:40 e aterrissou em Montreal 6 horas e 10 minutos depois. Consumiu cerca de 45 mil litros de querosene misturado com biocombustível à base de óleo de fritura usado.

A proporção de combustível verde na mistura foi de 16%, o que representou um consumo de 7,2 mil litros no trajeto. Em relação ao querosene, a queima do biocombustível francês emite 91% menos CO2.

domingo, 16 de maio de 2021

Como evoluiu o Universo e o que havia antes?

Há cerca de 100 anos surgiam as teorias e observações do cosmos que abriram caminho para as primeiras respostas

https://www.numerama.com/sciences/630498-expansion-de-lunivers-de-nouvelles-mesures-remettent-en-cause-le-modele-standard.html

Einstein, Friedmann, Lemaître e Hubble são os principais autores dos estudos que, na década de 1920, permitiram explicar a origem do Universo e sua evolução.

Com auxílio dos primeiros telescópios superpotentes, o astrônomo americano Edwin Hubble (1889-1953) descobre a existência de outras galáxias, além da Via Láctea. Mas não só isso. Ele demonstra em 1929 que essas galáxias se afastam umas das outras a uma velocidade proporcional à distância entre elas.

terça-feira, 11 de maio de 2021

Energias renováveis no mundo: 2020 foi ano recorde de novas capacidades instaladas

Apesar da pandemia de Covid-19, expansão de instalações de geração elétrica com fontes limpas cresceram globalmente 50% mais que em 2019

https://www.enligne.sn/transition-energetique-siemens-a-lere-de-la-decarbonisation/7366/

Os dados são da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês), publicados no mês passado. Pelo segundo ano consecutivo, a capacidade mundial instalada com energias renováveis teve um crescimento expressivo.

Mais de 80% da nova capacidade elétrica global em 2020 utiliza energias limpas, com as fontes eólica e solar representando juntas 91% da potência adicional instalada mundo afora.

sexta-feira, 7 de maio de 2021

França: baixo crescimento da energia solar fotovoltaica compromete metas para 2023 e 2028

Dinâmica do setor precisaria ser 4 vezes maior que a atual para transição energética atender objetivos de médio prazo assumidos no Acordo de Paris

Central solar “1,2,3 Soleil”, com 8.000 m2 e 250 kW. Inaugurada em dezembro de 2018, foi financiada via crowfunding e é administrada pelos próprios habitantes da pequena comuna de Luc-sur-Aude, onde foi instalada, próxima de Carcassonne, na Occitanie. https://detours.canal.fr/voici-petit-village-doccitanie-a-finance-propre-parc-solaire/

Em 2020, novas centrais solares fotovoltaicas na França somaram 0,7 GW, alcançando uma capacidade total de 10,6 GW; um crescimento anual de 6,5%, valor similar ao registrado em 2019.

Para cumprir suas metas de 20,1 GW em 2023 e no mínimo 35,1 GW em 2028, o país precisaria adicionar à sua rede elétrica renovável 3 GW fotovoltaicos por ano. Como nos últimos 10 anos, as novas instalações superaram 1 GW apenas em 2011 (1,9 GW) e 2012 (1,1 GW), dificilmente a capacidade projetada para os próximos 5 anos será alcançada.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

França: futuro da energia eólica passa por maior aceitação de habitantes e ‘repowering’, diz estudo

Desenvolvimento dessa fonte renovável precisa se acelerar para coadunar-se com plano plurianual de energia do país

Cartaz-convite aos habitantes de Hauts-de-France para uma audiência pública com agentes políticos locais em 2019, para tratar de instalações eólicas na região (https://eoliennes.hautsdefrance.fr)

Segundo a 11ª edição do Barômetro 2020 das Energias Renováveis Elétricas na França, do Observatório de Energias Renováveis (Observ’ER), até o final de setembro passado, a potência eólica instalada no país somou 17.312 MW (mega-watts).

Embora a capacidade nova instalada entre janeiro e setembro de 2020 tenha recuado 17% em relação ao mesmo período de 2019, a França continua em 4º lugar em potencial de produção de energia eólica, atrás do Reino Unido (23.931 MW), Espanha (25.742 MW) e Alemanha (60.840 MW).

sexta-feira, 30 de abril de 2021

França: neutralidade em carbono pode ser obtida em 2050 com sistema elétrico estável e forte participação de fontes renováveis, diz estudo

Mesmo com perfil de produção variável, energia eólica e solar poderão atender quase toda demanda de eletricidade do país

https://www.rte-france.com/actualites/rte-aie-publient-etude-forte-part-energies-renouvelables-horizon-2050

Para cumprir seus compromissos em prol do equilíbrio climático, a França aprovou recentemente a lei Energia-Clima e adotou uma Estratégia Nacional de Baixo Carbono (SNBC, em francês) para balizar sua transição energética.

A pedido do Ministério da Transição Ecológica, a Agência Internacional de Energia (AIE) e o gestor da Rede de Transporte de Eletricidade francês (RTE) elaboraram um estudo sobre factibilidade técnica de um sistema elétrico baseado majoritariamente em fontes renováveis.

domingo, 25 de abril de 2021

França: capacidade instalada de parques eólicos e usinas solares já supera em 10% a de hidrelétricas

Potência total disponível com fontes de energia renovável alcançou quase 56 GW em 2020

https://assets.rte-france.com/prod/public/2021-04/Panorama%20T4-2020-V2.pdf

Eólica e solar responderam juntas por 94% do crescimento de fontes renováveis na produção de eletricidade na França no ano passado, chegando a pouco mais de 28 GW de potência instalada, ante 25,7 GW de hidrelétricas.

No cerne da transição energética, as redes de transporte e distribuição de eletricidade renovável evoluem de modo consistente rumo à meta fixada pelo país, de produzir 40% de sua energia com fontes não poluentes até 2030.

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Brasil vai de pária à ameaça global com pandemia e questão ambiental

Descaso com floresta Amazônica põe país na berlinda em Cúpula de Líderes sobre o Clima

https://climainfo.org.br/2020/06/26/junho-registra-o-maior-numero-de-queimadas-na-amazonia-desde-2007/

40 líderes mundiais participam de discussões online nos próximos dias 22 e 23 para tratar de questões climáticas, com foco nos gargalos para cumprimento do Acordo de Paris pelos países mais poluidores. O evento é uma preparação para a próxima Conferência das Partes (COP26), a ser realizada em Glasgow (Escócia) em novembro.

Não bastasse a tragédia humanitária causada pelo negacionismo e omissões do governo federal no combate à pandemia de Covid-19, o Brasil é destaque internacional também pela desastrosa política ambiental inaugurada em 2019, responsável pela destruição acelerada da maior floresta tropical do planeta.