Mercado global de energias renováveis para próxima década pode ter investimento 35% maior que previsão inicial
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De acordo com publicação da Agência Estado, de 8.12.2010, os investimentos totais em fontes energéticas limpas – biomassa, eólica e solar – podem crescer cerca de meio bilhão de dólares além do previsto inicialmente para os próximos dez anos.
A informação consta de um relatório publicado recentemente pela instituição americana Pew Charitable Trusts, e condiciona a nova previsão ao avanço das políticas ambientais dos países membros do G-20.
Essa projeção considera o cenário mais otimista das três possibilidades analisadas pela Pew: manutenção das atuais políticas ambientais dos países do G-20; cumprimento das metas voluntárias assumidas pelas nações na COP-15 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas realizada em dezembro de 2009 em Copenhague), e; implementação de ações de grande alcance para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Em todos os cenários, a China deve se manter na liderança de investimentos no setor de fontes renováveis, com um mercado projetado para a próxima década de cerca de US$ 600 bilhões.
Se acrescentarmos ao mercado chinês os da India, Japão e Coréia do Sul, pela projeção mais favorável o investimento asiático chega a 40% do total – o que representa o dobro da capacidade prevista para o mercado europeu, caso sejam adotadas políticas ambientais mais radicais.
Para o Brasil – que tem quase metade de sua matriz energética oriunda de fontes renováveis, como bem menciona o relatório da Pew – a previsão mais otimista de investimento em energias limpas até 2020 é de US$ 8 bilhões, pouco mais do que o investido em 2009.
Os entraves para fomentar o setor de energias renováveis no país apontados pela Pew são conhecidos: a falta de políticas fiscais e de crédito adequadas para atrair projetos ambientais e de infraestrutura.
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