O arqueólogo e antropólogo Walter Neves, coordenador
do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do Instituto de Biociências da USP,
estabeleceu uma controversa teoria para explicar a colonização das Américas.
Seu “modelo dos dois componentes biológicos” é
respaldado pelo crânio humano de 11 mil anos – o mais antigo do continente
americano – encontrado em um sítio pré-histórico nas proximidades de Belo
Horizonte. Neves não foi o autor da descoberta do esqueleto, mas foi quem o batizou
de Luzia, que se tornaria o símbolo de sua teoria.
Em entrevista à Revista Pesquisa da FAPESP (edição
de maio de 2012), o pesquisador da USP conta em detalhes o seu percurso
acadêmico e científico que o levou a formular, há mais de 20 anos, uma teoria
alternativa para explicar a chegada do homem às Américas.