terça-feira, 29 de janeiro de 2013

‘Amor’

Vencedor da Palma de Ouro 2012, filme expõe o martírio da morte no fim da vida 

http://moviebuzzers.com/wp-content/uploads/2012/11/amour-movie-poster.jpg 

Michael Haneke é conhecido como um cineasta que “põe o dedo na ferida”. Sua abordagem perturbadora de temas delicados o faz um contumaz provocador. Na abertura de “Amor” ele nos mostra o desfecho do filme. Mas até o final chegar, o que vemos  – um homem lidando com a doença terminal da mulher que ama – vai pesando, incomodando, nos roendo por dentro. 

Em “Amor”, o premiado Haneke desconstrói a lógica de quem vê na morte uma tragédia apenas quando se trata de vida ceifada precocemente. Anne (Emmanuelle Riva) e Georges (Jean-Louis Trintignant) são octogenários. Um casal de músicos que parece viver em harmonia, gozando de uma cumplicidade e intimidade forjadas por décadas de convívio.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

França: futuro incerto para a energia fotovoltaica

Eletricidade solar conectada à rede dobrou de 2010 a 2011, mas diminuiu expressivamente no ano passado, acompanhando um mercado em baixa

Central solar fotovoltaica de Crucey, na região francesa Centre, instalada em antigo terreno militar da OTAN (Recorte de Le Journal du Photovoltaïque No 8, Nov. 2012). FOTO: Arnaud Lombard/EDF EN 

Ainda não dá para apostar na recuperação do setor solar fotovoltaico francês, após o estrago causado pela moratória decretada pelo governo (no final de 2010) para estancar o subsídio estatal ao setor cujo mercado vivia uma bolha especulativa. 

A medida destinava-se apenas a projetos profissionais com capacidade acima de 3 kWp (quilo-watt-pico), mas acabou afetando todo o setor, inclusive o residencial, já que houve queda também nas vendas dos sistemas de menor potência.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Estocagem de energia eólica: ‘hidrogênio + biogás = eletricidade + calor’

‘Fórmula’ aplicada na Alemanha permite produção simultânea de energia e combustível, com aproveitamento máximo dos recursos renováveis 

Esquema de funcionamento da usina híbrida de Prenzlau, Alemanha (Adaptado de Le Journal du Photovoltaïque No8, Nov. 2012). ILUSTRAÇÃO: Marie Agnès Guichard/Rômer

Imagine um parque eólico que gera mais eletricidade do que a rede elétrica pode absorver. Como aproveitar este excedente de energia? Uma das soluções vem da Alemanha: armazenar o excesso de energia gerada pelo vento na forma de hidrogênio (figura). 

Desde outubro de 2011, está em operação comercial uma central baseada neste princípio, com tecnologia da empresa alemã Enertrag. Instalada em Prenzlau (150 km ao norte de Berlim), a usina produz simultaneamente energia elétrica, calor e hidrogênio combustível.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

EUA estão ‘perdendo o bonde’ das tecnologias limpas, diz estudo

Segundo a ONG Pew, americanos podem perder liderança em inovação e mercado de energias renováveis 

http://sustainableenergysystemz.com/the-sustainable-energy-race-whos-going-to-win-it/903/ 

O setor de energia limpa deve movimentar globalmente 2 trilhões de dólares, de 2012 a 2018, e os Estados Unidos podem perder boa parte desse mercado. É o que diz o relatório Innovative, Manufacture Compete – A clean energy action plan, da ONG americana Pew Charitable Trusts, divulgado no final de 2012. 

“Líder mundial em inovação e fabricação de tecnologias de energia limpa, os EUA se deparam atualmente com sérios desafios competitivos. Outros países estão ganhando terreno, inclusive ameaçando a liderança americana de longa data em inovação”, diz o documento.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Sol - o grande ‘alquimista cósmico’

Precursor de quase todas as fontes de energia na Terra, astro deve nos enviar em maio nova tempestade radiativa capaz de danificar satélites e afetar passageiros de voos

Superposição de foto (de Wendy Carlos) e imagem de satélite da NASA, durante eclipse de 1999, na Romênia
http://www.predsci.com/corona/aug99eclipse/aug99eclipse.html

O Sol é uma estrela com massa igual a 99,86% da massa de todo o sistema solar. Uma gigantesca esfera de gases ionizados que converte a cada segundo 600 milhões de toneladas de hidrogênio em hélio.

Sua estrutura pode ser representada por um núcleo central e quatro camadas superpostas. Do núcleo para fora: zona radiativa (onde apenas luz é transportada), zona convectiva (gás transportando energia), fotosfera (camada permeada por gás mais frio e denso) e cromosfera (camada de baixa densidade). Há ainda a coroa, manchas e proeminências solares.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Europa 2020: crescimento ‘inteligente, sustentável e inclusivo’ conta com avanço de renováveis

Matriz energética com 20% de geração limpa e 10% de biocombustível em transportes será realidade ao final da década, diz Comissão Europeia 

  
http://www.bioethanolcarburant.com/index.php/bioethanolcarburant

Apesar da grave crise econômica que aflige boa parte da Europa há quatro anos, a meta fixada para reduzir a produção de energia com combustíveis fósseis até o final da década deve ser cumprida. É o que diz a Comissão Europeia em seu último comunicado de 2012 (COM 271). 

Em 2007, a União Europeia estabeleceu que até 2020 fontes renováveis respondam por 20% da matriz elétrica e 10% do consumo no setor de transportes. 

“Energias renováveis reforçam nossa segurança energética, favorecendo a competitividade, o crescimento econômico e oportunidades de exportação, ao mesmo tempo em que permitem reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, destaca o COM 271/2012.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Energia térmica dos mares: pesquisa avança e abre caminho para construção de usina de 100 MW

Impacto ambiental, obstáculo maior para desenvolvimento da tecnologia, pode ser minimizado, diz estudo pioneiro 

 
http://fr.dcnsgroup.com/wp-content/uploads/2010/10/59711.pdf 

A conversão de energia térmica dos mares (OTEC, na sigla em inglês) é uma das formas de se gerar eletricidade a partir de águas marinhas. 

O princípio da OTEC baseia-se na diferença de temperatura da água na superfície (~25oC) e nas profundezas (1 km abaixo do nível do mar), que é de cerca de 5oC. Graças a este fenômeno natural, típico de mares e oceanos tropicais, é possível produzir continuamente energia elétrica. 

Segundo um estudo recente da empresa americana Makai Ocean Engineering, o impacto da OTEC sobre a fauna e flora marinhas – até então a maior barreira para a disseminação da tecnologia – poderia ser reduzido a níveis “aceitáveis”.