Complexo solar Mohamed ben Rached al-Maktum, parte da central elétrica Shams 1, no deserto de Madinat Zayed, a 120 km de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos
http://www.ecochunk.com/6968/2013/03/18/worlds-largest-concentrated-solar-power-plant-opened-in-abu-dhabi/
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Entrou em operação no último domingo em Masdar, próximo à capital dos Emirados Árabes Unidos – 8º
maior produtor global de “ouro negro” – uma gigantesca usina solar, com
capacidade para abastecer 20 mil residências.
A
central Shams 1 utiliza coletores cilíndrico-parabólicos (CCP),
que concentram os raios solares sobre um tubo posicionado na “linha focal” das
calhas formadas pelas parábolas.
Dentro do tubo circula um fluido sintético que aquece e vaporiza água a alta pressão que, por sua vez, aciona uma turbina acoplada a um gerador elétrico. Os CCP são revestidos por 258 mil espelhos, distribuídos em 192 fileiras que ocupam uma área de 2,5 km2 (340 campos de futebol).
Dentro do tubo circula um fluido sintético que aquece e vaporiza água a alta pressão que, por sua vez, aciona uma turbina acoplada a um gerador elétrico. Os CCP são revestidos por 258 mil espelhos, distribuídos em 192 fileiras que ocupam uma área de 2,5 km2 (340 campos de futebol).
O
resfriamento do vapor de água que sai das turbinas é feito “a seco”, o que
compensa o elevado consumo de água usada para limpar os espelhos (remoção da poeira
depositada pelo vento): 27 milhões de litros por ano.
Por
enquanto, a Shams 1 gera eletricidade com uma potência de apenas 10 MW
(mega-watt), que serve para alimentar veículos elétricos, sistemas de iluminação pública e
climatização da cidade de Masdar. Até o final do ano deve estar operando com
sua capacidade total (100 MW).
A
próxima etapa para ampliação da capacidade do complexo solar de Masdar é a
construção de uma usina fotovoltaica (a Noor 1) de mesma potência da Shams 1. A
tecnologia fotovoltaica é mais barata (com painéis fabricados na China) e
permite que a central
elétrica seja mais rapidamente instalada.
A
usina Shams 1 foi projetada e construída pela empresa Masdar (de Abu Dhabi), em
parceria com a francesa Total e a espanhola Abengoa. Um investimento de 600
milhões de dólares. Levou três anos para ser construída e faz parte da estratégia
do país de suprir 7% do seu consumo elétrico com fontes
renováveis até 2020.
Uma
meta pouco ambiciosa se comparada ao esforço de outros países (por exemplo, 21
dos 27 países membros da União Europeia superaram os 7% de energia limpa em
suas matrizes desde 2009), mas que não deixa de ser um bom começo para uma
federação de produtores de petróleo.
“A
exemplo de países de outras regiões do mundo, temos que enfrentar uma demanda
crescente de energia e ao mesmo tempo reduzir os impactos ambientais [dos
combustíveis fósseis]”, declarou o sultão Ahmed Al Jaber, presidente da Masdar,
na inauguração da Shams 1.
A
Masdar lidera os projetos de tecnologia limpa na região; a empresa produz 68%
da energia renovável dos países do Golfo. Uma região privada de recursos
hídricos, mas com alta incidência de radiação solar o ano todo.
Outros
países da região seguem os passos dos Emirados Árabes, como Qatar e Arábia
Saudita (maior produtor mundial de petróleo); este último anunciou que pretente incluir em sua matriz elétrica uma capacidade de geração solar de 41 GW até
2030.
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