http://www.climatechangeconnection.org/emissions/CO2_equivalents.htm
No
último dia 9, a Agência Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA, na
sigla em inglês) registrou a emblemática taxa de 400 ppm (partes por milhão) de
gás carbônico no ar.
As
primeiras medições, em 1958, indicavam uma taxa de 316 ppm; desde então ela tem
subido continuamente. Até a revolução industrial, essa taxa (estimada por
“modelos de reconstrução do clima”) nunca tinha atingido os 300 ppm em pelo
menos 800 mil anos.
A
taxa diária média de CO2, de 400,03 ppm – registrada acima do vulcão Mauna Loa
(Havaí, EUA), no oceano pacífico – é “emblemática” porque comprova o fracasso
do esforço global para reduzir as emissões atmosféricas de CO2, que aumentaram
40% entre 1990 e 2010.
Por
“sorte” – para a saúde do planeta – a temperatura média global não tem
acompanhado o ritmo da taxa de CO2 atmosférico, pelo menos nos últimos oito anos. A
temperatura diminuiu ligeiramente entre 2005 e 2008 e desde então se mantém
estável.
Esse
descompasso entre o ritmo do aumento da taxa de CO2 no ar e a evolução da
temperatura planetária reforça a tese de que o aquecimento global pode estar
relacionado mais a fenômenos naturais (erupções vulcânicas e atividade solar,
entre outros) do que ao gás carbônico emitido pelo homem.
Há
cerca de 3 milhões de anos, a temperatura global era 2 a 3 graus mais alta do
que na era pré-industrial. Defensores da hipótese do aquecimento global antrópico (especialistas pró IPCC) alegam que estamos criando um clima pré-histórico e que a sociedade
deverá lidar com riscos enormes e potencialmente catastróficos.
Grande parte da comunidade científica defende que é preciso limitar o aumento da temperatura
global em 2ºC em relação ao nível pré-industrial. No entanto, uma taxa de 400 ppm de
CO2 coloca o planeta em uma trajetória de elevação média de 2,4ºC, conforme
projeções de climatologistas da ONU, o que pode desestabilizar o clima e
desencadear fenômenos extremos, como tufões e secas severas.
Para esses especialistas, o maior problema é a velocidade com que a concentração de gás carbônico cresce, especialmente desde os primeiros registros, há 55 anos. Eles afirmam que não há precedente na história da Terra, de um
aumento tão abrupto das concentrações de gases de efeito estufa.
Argumentam
que, enquanto a natureza levou centenas de milhões de anos para modificar o CO2
atmosférico – via decantação do carbono e sua fossilização – nós o desenterramos
e o queimamos numa escala de 100 anos, a uma velocidade um milhão de vezes
maior.
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