Tufão
Haiyan: fenômeno climático mais marcante de 2013
http://news.nationalgeographic.com/news/2013/13/131106-supertyphoon-haiyan-yolanda-philippines/
A
pior onda de calor da história recente da Austrália, o tufão Haiyan que devastou
um arquipélago nas Filipinas, fortes inundações na França...
A
correlação entre os inúmeros fenômenos extremos de 2013 e o aquecimento global mereceu destaque em um relatório da Organização Mundial de
Meteorologia (OMM), divulgado ontem em Genebra.
A
OMM ressalta “o impacto considerável das secas, ondas de calor, inundações e
ciclones tropicais” e atribui a 2013 “o sexto lugar, junto com 2007, entre os
anos mais quentes já registrados, confirmando a tendência ao aquecimento
climático observada a longo prazo”.
A
agência meteorológica da ONU foi enfática ao afirmar que a grande quantidade de
fenômenos extremos observados no ano passado são “indicadores coerentes e
interdependentes” da evolução climática marcada pelo aquecimento global de origem antrópica.
A
temperatura média na superfície dos continentes e oceanos superou em 0,5 oC
a “normal” calculada para o período 1961-1990. Dos 14 anos mais quentes
registrados desde 1850, 13 deles ocorreram no século XXI, com recorde em 2010,
seguido por 2005.
O
IPCC apontou em seu último relatório (2013) que o aquecimento climático médio
do planeta foi de 0,8 oC, desde os primeiros registros de
temperatura, no período pré-industrial.
Enquanto
o objetivo fixado por 195 países sob a égide da ONU foi de um aumento da
temperatura global de 2 oC até o final do século, dependendo do
cenário planetário, o avanço pode alcançar 4,8 oC.
No
ano passado, a área da superfície de gelo do Ártico atingiu um valor extremamente
baixo. Não tanto quanto o mínimo absoluto verificado em 2012, mas foi a sexta menor
área, desde o primeiro monitoramento feito por satélite, em 1979.
Em
março de 2013, o nível dos oceanos atingiu um recorde, seguindo um ritmo médio
de elevação anual de 3,2 mm, conforme divulgou a OMM no final daquele ano.
De
2001 a 2010, o nível das águas evoluiu a uma taxa semelhante (3 mm/ano), o que
corresponde a praticamente o dobro da taxa observada ao longo do século XX.
Lembrando que a
previsão do IPCC é de uma alta de 26 a 82 cm até 2100, o que poderia por em
risco pequenos Estados insulares do Pacífico, mas afetar também metrópoles
costeiras da Ásia e Américas.
O
evento climático extremo mais devastador ocorrido em 2013 foi o tufão Haiyan
(foto), que deixou quase 8 mil mortos em um conjunto de ilhas na parte central
das Filipinas.
Os
climatologistas não atribuem diretamente os ciclones tropicais às alterações
climáticas, mas advertem que outros fenômenos intensos, como ondas
de calor e chuvas fortes, devem ocorrer com maior frequência nas próximas décadas.
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