Fábrica de
pellets de madeira com cogeração, em Wittgenstein (Inglaterra): 48 mil
toneladas de CO2 evitadas por ano
http://www.powerengineeringint.com/articles/print/volume-19/issue-8/features/biomass-gasification-enters-the-premier-league.html
O
EurObserv’ER divulgou recentemente um balanço da produção de energia usando
biomassa sólida, entre 2011 e 2012, nos 27 países da União Europeia (EU-27), indicando
um avanço de 5,4% no período.
De
toda a eletricidade produzida nesses dois anos (79.519 GWh), 33% se devem a
usinas destinadas exclusivamente à geração elétrica e 67% a centrais de
cogeração.
A
produção total de energia com biomassa sólida no bloco EU-27 saltou de 52,5 mega
toneladas equivalentes de petróleo (Mtep), em 2000, para estimadas 82,3 Mtep,
em 2012; um avanço de 57%.
Os
cinco maiores produtores europeus de eletricidade a partir de biomassa sólida,
em 2012, foram: Alemanha (12,2 TWh), Finlândia (10,4), Suécia (10,2), Polônia
(9,5) e Reino Unido (7,0).
Já
em termos de consumo bruto de energia per capita, os melhores ranqueados foram:
Finlândia, com 1,47 tep por habitante, Suécia (1,00 tep/hab), Estônia (0,61),
Áustria (0,60) e Letônia (0,55).
Na
União Europeia – maior mercado de granulado de madeira do mundo – o consumo
dessa biomassa em 2012 foi de 15,1 milhões de toneladas, ante um consumo global
de 22,4 a 24,5 milhões de toneladas. Os dados são de um relatório publicado em
2013 pela Associação Europeia de Biomassa (Aebiom).
Como
a produção do conjunto de países do EU-27 foi estimada em 10,5 milhões de
toneladas, os números da Aebiom significam que naquele ano a União Europeia
importou 30% do seu consumo de granulado.
Os
granulados ou pellets de madeira são usados em grande escala nos setores
residencial e industrial, mas também para produção elétrica e cogeração,
principalmente nos Estados Unidos e Europa.
São
produzidos a partir de madeira industrial (resíduos lenhosos, florestais e
industriais) e usados como combustível para gerar eletricidade e energia
térmica (calor).
A
biomassa sólida é considerada estratégica para que a União Europeia atinja suas
metas de uso de fontes renováveis. Até
2020, o consumo de energia primária produzida com aquele insumo é estimado em
135 milhões tep, o que implica em uma demanda de pellets de madeira três vezes
maior que a atual. E boa parte desse consumo só poderá ser atendida via
importação de biomassa.
Com
o avanço tecnológico das centrais de cogeração, a biomassa sólida já é a fonte
de energia renovável mais utilizada no mundo.
Se
a Europa vive um boom do granulado de madeira, conforme afirmam os analistas de
mercado, no Brasil cerca de 30% do consumo doméstico bruto de energia provém
de produtos vegetais.
Mesmo
que, por uma questão de mercado, não seja possível ampliar significativamente
o uso dessa fonte limpa em território nacional, o país poderia se beneficiar da
alta demanda europeia, produzindo granulados de madeira para exportação.
Fontes: Le Journal des Energies Renouvelables Nº 219, janeiro-fevereiro 2014
http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=1712&subject=Pellets&title=Demanda%20de%20pellets%20e%20biomassa%20no%20mercado%20europeu
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