segunda-feira, 7 de abril de 2014

Biomassa: União Europeia responde por 64% do consumo mundial de granulado de madeira

Países do bloco europeu produziram 79,5 TWh de eletricidade com biomassa sólida em 2012

Fábrica de pellets de madeira com cogeração, em Wittgenstein (Inglaterra): 48 mil toneladas de CO2 evitadas por ano
http://www.powerengineeringint.com/articles/print/volume-19/issue-8/features/biomass-gasification-enters-the-premier-league.html

O EurObserv’ER divulgou recentemente um balanço da produção de energia usando biomassa sólida, entre 2011 e 2012, nos 27 países da União Europeia (EU-27), indicando um avanço de 5,4% no período.

De toda a eletricidade produzida nesses dois anos (79.519 GWh), 33% se devem a usinas destinadas exclusivamente à geração elétrica e 67% a centrais de cogeração.

A produção total de energia com biomassa sólida no bloco EU-27 saltou de 52,5 mega toneladas equivalentes de petróleo (Mtep), em 2000, para estimadas 82,3 Mtep, em 2012; um avanço de 57%. 

Os cinco maiores produtores europeus de eletricidade a partir de biomassa sólida, em 2012, foram: Alemanha (12,2 TWh), Finlândia (10,4), Suécia (10,2), Polônia (9,5) e Reino Unido (7,0). 

Já em termos de consumo bruto de energia per capita, os melhores ranqueados foram: Finlândia, com 1,47 tep por habitante, Suécia (1,00 tep/hab), Estônia (0,61), Áustria (0,60) e Letônia (0,55). 

Na União Europeia – maior mercado de granulado de madeira do mundo – o consumo dessa biomassa em 2012 foi de 15,1 milhões de toneladas, ante um consumo global de 22,4 a 24,5 milhões de toneladas. Os dados são de um relatório publicado em 2013 pela Associação Europeia de Biomassa (Aebiom). 

Como a produção do conjunto de países do EU-27 foi estimada em 10,5 milhões de toneladas, os números da Aebiom significam que naquele ano a União Europeia importou 30% do seu consumo de granulado. 

Os granulados ou pellets de madeira são usados em grande escala nos setores residencial e industrial, mas também para produção elétrica e cogeração, principalmente nos Estados Unidos e Europa. 

São produzidos a partir de madeira industrial (resíduos lenhosos, florestais e industriais) e usados como combustível para gerar eletricidade e energia térmica (calor). 

A biomassa sólida é considerada estratégica para que a União Europeia atinja suas metas de uso de fontes renováveis. Até 2020, o consumo de energia primária produzida com aquele insumo é estimado em 135 milhões tep, o que implica em uma demanda de pellets de madeira três vezes maior que a atual. E boa parte desse consumo só poderá ser atendida via importação de biomassa. 

Com o avanço tecnológico das centrais de cogeração, a biomassa sólida já é a fonte de energia renovável mais utilizada no mundo. 

Se a Europa vive um boom do granulado de madeira, conforme afirmam os analistas de mercado, no Brasil cerca de 30% do consumo doméstico bruto de energia provém de produtos vegetais. 

Mesmo que, por uma questão de mercado, não seja possível ampliar significativamente o uso dessa fonte limpa em território nacional, o país poderia se beneficiar da alta demanda europeia, produzindo granulados de madeira para exportação. 

Fontes: Le Journal des Energies Renouvelables Nº 219, janeiro-fevereiro 2014 
http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=1712&subject=Pellets&title=Demanda%20de%20pellets%20e%20biomassa%20no%20mercado%20europeu

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