Visão artística do Big Bang (Imagem: © MARK GARLICK / MGA /
Science Photo Library)
Cientistas
do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (CfA), de Massachussets (EUA), anunciaram
ontem o primeiro registro direto de “ondas gravitacionais primordiais”.
Em
outras palavras, detectaram tremores da grande explosão que marca o nascimento
do Universo há 13,7 bilhões de anos, corroborando a Teoria do Big Bang.
Se a chegada do homem à Lua há 45 anos foi “um salto gigantesco para a humanidade”, a descoberta dos pesquisadores do CfA foi um assombroso avanço da física. Comparável ao do Bóson de Higgs, em 2012.
As
ondas, ou ondulações do espaço-tempo, captadas pelos cientistas são previstas
pela Teoria da Relatividade de Einstein e revelam uma expansão extremamente
rápida do Universo na primeira fração de segundo de sua existência, ou fase de “inflação
cósmica”.
A
descoberta é vista como um dos principais objetivos da cosmologia, conforme
declarou John Kovac, professor de astronomia e física do CfA e chefe da equipe
responsável pelo feito.
Os
sinais provenientes do Big Bang foram capturados pelo telescópio BICEP2, instalado
na Antártida, na forma de radiação residual ou minúsculas flutuações que
fornecem indícios dos instantes iniciais do Universo.
Por
exemplo, pequenas diferenças de temperaturas observadas no céu revelam onde o
cosmo era mais denso e onde se formaram as galáxias, como explicam os
cientistas do projeto BICEP2.
“Era
como procurar uma agulha no palheiro, mas acabamos achando um pé-de-cabra”, disse
Clem Pryke, da Universidade de Minnesota, chefe-adjunto da equipe.
“Esses
resultados significam não apenas uma prova irrefutável da inflação cósmica, mas
também nos informam sobre o momento dessa rápida expansão do Universo e da
potência desse fenômeno”, explicou Avi Loeb, da Universidade de Harvard.
Para
Loeb, a descoberta lança uma nova luz sobre questões fundamentais, como “porque
existimos e como surgiu o Universo”.
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