Macacos movem membros
virtuais para “sentir” objetos virtuais (Imagem de Katie Zhuang)
http://www.nature.com/news/2011/111005/full/news.2011.576.html
No
mais recente estudo coordenado pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis – destaque
em artigo publicado ontem no site da Nature
– cérebros de macacos foram treinados para reconhecer texturas, com auxílio de
um avatar.
Por
este experimento, a equipe da Universidade de Duke (EUA) liderada por Nicolelis
comprovou a previsão teórica de que seria possível o cérebro controlar o avatar
do corpo e ao mesmo tempo receber de volta sinais elétricos que identificam as sensações
do avatar no ambiente virtual.
Para
o cientista, se os macacos foram capazes de identificar padrões de textura em
curto espaço de tempo, com seres humanos a resposta deve ser ainda mais rápida. Esses resultados abrem caminho “para que pacientes paralisados possam recobrar a
sensação tátil através de sensores”, sustenta Nicolelis.
Segundo
o idealizador do Instituto do Cérebro de Natal (RN), os resultados desta pesquisa
devem reforçar o desenvolvimento de uma roupa biônica, que poderá incorporar
além de sensores de pressão – capazes de identificar padrões de textura dos
terrenos e objetos – sensores de temperatura, tornando o exoesqueleto mais
sensível.
A
veste robótica seria o produto final do projeto Walk Again, com duração prevista para mais seis anos. Nicolelis
quer aproveitar a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil para “fazer
demonstrações gradualmente mais complexas do exoesqueleto robótico que fará um
tetraplégico voltar a andar”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário