Neste Oil,
maior usina europeia de biodiesel, em Rotterdam, Holanda; junto com suas duas filiais finlandesas, produziu ano passado 1,18 milhões de toneladas (FOTO: Hugo de Wolf/DE
WOLF IMAGES)
O
consumo de biocarburante na União Europeia foi de 13,6 milhões de toneladas
equivalentes de petróleo (tep), ou 392 mil tep a mais do que em 2010. A
informação é do Biofuels Barometer
EurObserv’ER Report 2012.
Na
Europa, a Alemanha é a campeã no uso de combustível renovável em transportes; seu consumo equivale ao da França, Itália, Espanha, Áustria e República Tcheca
juntos. Apesar
do avanço de 6% no país germânico, em vários outros países que compõem o bloco
europeu UE-27 o consumo de biocarburante recuou.
Quase
todo combustível verde consumido na Europa se divide entre bioetanol (21%) e
biodiesel (78%); o restante são óleos vegetais (0,5%) e biogás (0,5%).
De
2000 a 2008, o aumento do uso de biocombustível nos transportes europeus foi
espetacular, passou de 705 mil tep para 9,56 milhões de tep (gráfico). Já entre
2008 e 2011, o avanço anual médio foi de 12,7%.
Evolução do consumo de biocarburantes em
transportes na União Europeia, em milhares de tep (Adaptado de SYSTÈMES
SOLAIRES le journal des énergies renouvelables Nº 210/2012)
Enquanto
o consumo de biocombustíveis entre 2010 e 2011 avançou timidamente no
continente velho, dados do European
Biodiesel Board apontam para uma queda da produção de biodiesel pela
primeira vez na história: menos 8% no período. Isto
significa a situação inédita de uma capacidade ociosa superior a 60%; as usinas
europeias tem potencial para produzir 22,1 milhões de tep de biodiesel.
Por
outro lado, a produção de bioetanol deve crescer 3%, segundo estimativa da European Renewable Ethanol Association.
A França lidera a produção, com cerca de 1 bilhão de litros/ano, seguida por
Alemanha (0,77), Espanha (0,46), Bélgica (0,40) e Reino Unido (0,32).
Apesar
da meta estabelecida pela União Europeia – pelo menos 10% de energia renovável
no setor de transportes em 2020 – sua preocupação no momento garantir um “sistema
de durabilidade” ao combustível verde consumido nos países membros do bloco.
Entre
os critérios exigidos estão a redução de 10% das emissões de gases de efeito
estufa (GEE) até 2020, em relação a 2010, de todos os tipos de combustível e,
para novas usinas de biocombustível, uma redução de 60% nas emissões de GEE até
2018, em relação aos combustíveis fósseis “de referência”.
Estabelecem,
ainda, restrição à produção de biocombustível em terras ricas em biodiversidade e em solos com grande
estoque de carbono ou de turfas.
Fonte: SYSTÈMES SOLAIRES – Le journal des énergies renouvelables
Nº 210, julho-agosto de 2012
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