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Apesar
da grave crise econômica que aflige boa parte da Europa há quatro anos, a meta
fixada para reduzir a produção de energia com combustíveis fósseis até o final da
década deve ser cumprida. É o que diz a Comissão Europeia em seu último
comunicado de 2012 (COM 271).
Em
2007, a União Europeia estabeleceu que até 2020 fontes renováveis respondam
por 20% da matriz elétrica e 10% do consumo no setor de transportes.
“Energias
renováveis reforçam nossa segurança energética, favorecendo a competitividade,
o crescimento econômico e oportunidades de exportação, ao mesmo tempo em que permitem
reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, destaca o COM 271/2012.
Outros
estudos – “Exploiting the employment potencial of green growth” (COM 173/2012)
e “The impact of renewable energy policy on economic growth and employment in
European Union” (Fraunhofer ISI, 2009) – indicam que mais de 3 milhões de
empregos podem ser criados no setor de energias renováveis europeu, até 2030.
Para
garantir este cenário, que estaria condicionado ao crescimento vigoroso do
mercado de tecnologias limpas nos próximos anos, a Comissão Europeia defende
que o setor de renováveis seja integrado a um “mercado único”.
Mas
também dá orientações para lograr as metas de 2020 e delineia as opções mais
viáveis para assegurar a continuidade e estabilidade do setor, propiciando o
crescimento da produção de energia com fontes limpas até 2030 e mais além.
Planos
de ação nacionais, subsídios e investimentos contínuos em P&D impulsionaram
as energias renováveis na União Europeia, em um ritmo mais acelerado do que o
previsto quando da elaboração das diretrizes para 2020, diz o COM 271/2012.
Isto
leva a crer que as tecnologias limpas passam por um processo de amadurecimento
consistente. Segundo o comunicado, o custo médio de sistemas fotovoltaicos
caiu 48%, entre 2005 e 2010, e os custos de investimento em geração eólica
terrestre diminuíram 10%, entre 2008 e 2012.
As
empresas estão confiantes e acreditam que esta queda de custos deva continuar,
com apoio ao setor através de políticas públicas, novas regulamentações e
eliminação de barreiras comerciais. Até 2020, a energia solar fotovoltaica e
a eólica terrestre devem se tornar competitivas em vários mercados, prevê o COM
271/2012.
Nos
países membros da União Europeia, sistemas de aquecimento e climatização usando
fontes renováveis respondem por 13% do consumo total do setor. Em alguns
mercados (onde a tecnologia já está "madura"), subsídios não existem
mais, a exemplo da área solar térmica.
Para
que, a partir da próxima década, o setor de energias renováveis avance em um
ritmo adequado, semelhante ao crescimento anual médio projetado para o período
2010-2020 (em torno de 6%), a Comissão Europeia propõe uma série de medidas.
São
ações que visam: facilitar a cooperação internacional para desenvolvimento de
projetos; estimular o comércio de eletricidade limpa, especialmente com países
do Norte da África; e, criar uma nova infraestrutura, capaz de integrar novas
tecnologias, novos agentes de mercado e prestadores de serviços, visando à
consolidação do mercado único de energias renováveis.
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