Adaptado
de https://ben.epe.gov.br/downloads/S%C3%ADntese%20do%20Relat%C3%B3rio%20Final_2014_Web.pdf
Repetindo
2012, o regime hidrológico foi o vilão da geração elétrica renovável em 2013. Menos
chuvas, menos energia hidrelétrica.
Para
compensar, mais usinas térmicas a combustível fóssil foram acionadas, ampliando sua participação no mix elétrico
de 24% para 30%.
A redução de 5,9% na produção hidrelétrica foi a principal causa da queda da participação de eletricidade limpa na matriz elétrica nacional, de 84,5% para 79,3%.
Os
dados constam do Relatório Síntese –ano base 2013– do Balanço Energético
Nacional 2014, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Apesar
do recuo na produção de hidroeletricidade, mais 1.724 MW foram agregados à
capacidade instalada com fontes hídricas em 2013, diz o documento da EPE.
A
capacidade elétrica total brasileira passou de quase 121 GW para quase 127 GW,
um avanço de 4,8%. E ficou assim distribuída, por fonte: hídrica 86 GW (+
2,0%), térmica 36,5 GW (+ 11,4%), eólica 2,2 GW (+ 16,5%) e nuclear 2,0 GW (-
0,8%).
Em
2013, o país produziu 570 GWh de energia (3,2% a mais que em 2012). Destaque
para termelétricas a carvão natural, cuja participação na produção elétrica total
cresceu quase 76% no ano passado.
A
geração com gás natural também avançou consideravelmente: 48%. Já entre as
renováveis, eólica e biomassa aumentaram suas participações em 30% e 14,5%
respectivamente.
A
distribuição dos diversos combustíveis na geração térmica – incrementada para
suprir o “déficit” das hidrelétricas – em números redondos, ficou assim: gás
natural 40%, biomassa (incluindo bagaço de cana e outras recuperações) 27%,
derivados de petróleo 15,5%, carvão e derivados 9% e urânio 8,5%.
A
pequena redução da produção de energia renovável registrada em 2013 não muda a condição
de nossa matriz elétrica frente à situação mundial. A participação de fontes
limpas na geração elétrica nacional é ainda quase 4 vezes maior que a média
global e mais de 4 vezes a média dos países mais ricos (gráfico).
Participação
de fontes renováveis na Matriz Elétrica Brasileira (2012 e 2013) e valores
médios da participação mundial e dos países mais ricos (OCDE) em 2011.
A
menor produção de hidroeletricidade no ano passado levou combustíveis fósseis
(gás natural, petróleo e derivados) a responder por 80% do incremento anual da energia
total ofertada, incluindo transporte e demais usos.
Os
13 Mtep (mega toneladas equivalentes de petróleo) a mais de energia
disponibilizada em 2013 representou um avanço de 4,5%, praticamente o dobro do
crescimento do PIB.
A
participação de renováveis na matriz energética brasileira (41%) manteve-se
também entre uma das mais altas do mundo, cuja média é de 13%, sendo de 8%
entre os países da OCDE (2011).
Apesar
do uso de mais termelétricas a combustível fóssil, a taxa média de emissões do
setor elétrico brasileiro ficou em 115 kg de CO2 por MWh gerado.
Este
valor é muito inferior ao registrado nos países mais poluidores do planeta,
China e EUA, que emitem respectivamente 14 e 9 vezes mais.
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