http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2014/01/12/epopeia-da-construcao-da-terceira-maior-usina-hidreletrica-do-mundo-na-amazonia-belo-monte/
Maior desafio para a execução de Belo Monte, a logística foi atropelada sucessivamente por atrasos no cronograma das obras.
Foram várias paralisações ao longo dos anos,
causadas por invasões de populações locais, manifestações de ecologistas, greves
de operários e decisões judiciais. A obra, enfim, entra em sua fase final.
Quando pronta, Belo Monte terá uma capacidade de 11.233 MW e será a terceira maior hidrelétrica do mundo. Um complexo de barragens e canais alimentados pelo rio Xingu, que abrange outros dois
sítios: Pimental e Bela Vista.
As primeiras unidades geradoras a entrar em operação são as do reservatório intermediário do sítio Belo Monte, que disporá de 18 turbinas, somando 11 mil MW de capacidade instalada.
As primeiras unidades geradoras a entrar em operação são as do reservatório intermediário do sítio Belo Monte, que disporá de 18 turbinas, somando 11 mil MW de capacidade instalada.
No
sítio Pimental fica a entrada de um “mega canal” de 20 km que abastece com águas do rio Xingu o reservatório principal e o reservatório intermediário.
Já o sítio Bela Vista, situado a 40 km de Altamira, vai abrigar o maior vertedouro da usina e uma casa de força complementar, dispondo de 9 turbinas com uma capacidade
total de 233 MW.
Apenas
1 km do canal foi concluído; o restante
já foi escavado, mas está em fase de revestimento do leito e dos taludes. Com 285
m de largura média, 25 m de profundidade e um desnível total de 9 metros, o canal vai assegurar uma vazão de 14 milhões de litros por segundo.
Toda
a extensão do canal era cruzada por dezenas de igarapés, que foram bloqueados para
evitar o alagamento da área de trabalho de máquinas e caminhões. Ao
todo serão 27 diques para barrar os igarapés ou impedir que a água
do reservatório intermediário possa escoar para regiões mais baixas.
O gigantismo da obra (503 km2 alagados) sem dúvida está impactando ecossistemas e perturbando habitantes locais, que se preocupam com possíveis intervenções adicionais, quando as primeiras turbinas forem
acionadas, algo previsto para março de 2016.
“Ribeirinhos
e índios temem que o rio seque abaixo da barragem principal quando a usina
começar a funcionar”, escreveu a jornalista do Estadão Renée Pereira, autora da
matéria fonte desta postagem.
Dirigentes
da Norte Energia, empresa responsável pela gestão da obra, asseguram que Belo Monte terá um sistema de controle rigoroso
do fluxo mínimo de água, conforme determinação do Ibama.
Até
o final do ano, o mega canal deve estar totalmente concluído; um passo importante para a concretização da usina. Provavelmente, a
última grande hidrelétrica instalada na Bacia Amazônica.
Três
décadas após ser concebida e ao custo de R$ 30
bilhões, Belo Monte vai garantir energia renovável para as atuais e futuras gerações,
contribuindo para que nossa matriz energética continue sendo uma das mais
limpas do mundo.
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