Drone supervisiona instalação fotovoltaica
http://www.ecollectivites.net/article/actualite/edf-enr-lance-de-nouvelles-solutions-techniques-pour-la-supervision-et-la-maintenance-de-toitures-so/index.html
O controle à distância da operação de centrais fotovoltaicas e parques eólicos faz parte da concepção desses projetos.
Mas
a inspeção visual ou termográfica é imprescindível para garantir o bom
funcionamento das instalações. É aí que entram os drones...
A
prospecção de células fotovoltaicas e de pás de turbinas eólicas é mais um filão do
mercado de drones, que se encontra em plena expansão desde o início da década
atual.
É
exatamente a capacidade desses robôs voadores de atuar como “olhos remotos” o
que facilita a inspeção dos componentes básicos das centrais produtoras de
energia verde.
Se,
por um lado, o uso de drones para este tipo de tarefa parece bastante adequado e
viável, por outro lado, o tratamento e a análise dos dados coletados requerem
profissionais altamente qualificados.
Um
drone de uso civil pode ser descrito, resumidamente, como um dispositivo dotado
de asas, um sistema eletrônico de controle, motor e bateria.
Por
seu baixo peso, consome pouca energia. Mas como não podem realizar voos
estacionários ou a baixas velocidades, os modelos usados em missões de inspeção
dispõem de hélices como as de helicópteros.
À
base do controle remoto de um drone – para fazê-lo voar desde o solo ou programá-lo
para um voo automático – estão uma sofisticada eletrônica e um sistema computacional de
processamento de dados.
Um
GPS embarcado permite a pré-programação e o georeferenciamento dos dados
coletados, possibilitando ao drone a realização de voos automatizados.
Por
exemplo, para detectar anomalias elétricas em painéis solares, uma câmera de
infravermelho é acoplada ao drone. Uma célula fotovoltaica que cessa de
produzir eletricidade tem sua temperatura elevada, a qual pode ser captada pela câmera
térmica.
Conforme
o peso da carga embarcada, um drone pode dispor de 4, 6 ou 8 motores elétricos,
cada um acionando uma ou duas hélices.
Os
componentes estruturais são de carbono ou alumínio e a corrente elétrica é
fornecida por duas baterias de lítio-polímero, com autonomia de 10 a 30
minutos, dependendo da duração do voo.
Pela
atual regulamentação europeia, o peso total do drone é definido por quatro classes:
até 2 kg, até 4 kg, até 25 kg e acima de 25 kg.
“Uma
missão de perícia pode durar de alguns minutos (telhado fotovoltaico de uma
casa) até 20 horas ou mais (central fotovoltaica de grande porte). É preciso
otimizar os custos dos deslocamentos, coleta de dados, carga de baterias...”, explica
Philippe Gourdain, diretor da Sarl Studiofly Technologie.
A
termografia de painéis fotovoltaicos exige condições particulares: a superfície
deve estar seca e sob irradiação solar. O custo de um dia de varredura varia de
3 mil a 5 mil euros, fora taxas. Um drone equipado com uma câmera de
infravermelho de alta resolução não sai por menos de 40 mil euros (mais
impostos).
Imagem
capturada de um drone: inspeção de uma pá de turbina eólica feita por técnicos
em deslocamento por elevador hidráulico
https://www.youtube.com/watch?v=iVAoCHKy5ZM
https://www.youtube.com/watch?v=iVAoCHKy5ZM
Com
a chegada dos drones, os exploradores de parques eólicos vão dispor de mais uma
ferramenta de inspeção. No mercado de perícia de pás de turbinas eólicas, o
drone vai competir com o “cordista” e com a inspeção mediante elevadores
hidráulicos (foto) ou por lunetas óticas desde o solo.
“Em parceria com um laboratório de pesquisa, estamos
desenvolvendo um sistema de pilotagem mais preciso que com o uso de GPS, para
automatizar voos, independentemente da posição em que as pás são paradas”, diz
Stéphane Gruffat, engenheiro e sócio da Technivue.
A
França – país com o maior número de operadores declarados de drone civil (mais
de 800, em novembro de 2014) no mundo – foi o primeiro a regulamentar as
condições de voo de aeronaves não tripuladas.
Quatro
cenários previstos combinam cinco critérios: zona sobrevoada (habitada ou não),
peso total em voo autorizado (2, 4, 25 kg), voo com ou sem visão remota, altura
máxima do voo (50 a 150 m) e distância máxima do piloto.
Fonte: Le Journal des Énergies Renouvelables, No 226, março-abril de 2015
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