Pequena
central hidrelétrica, construída em 2011 (rio Aurino, região de Bolzano,
Itália)
http://www.enerzine.com/7/15689+developper-lenergie-hydraulique-sans-epuiser-lenvironnement+.html
Antigos
moinhos e geradores hidráulicos abandonados, centrais a fio de água desativadas,
canais de água potável ou de reuso com grande declive...
São
dezenas de dispositivos em várias regiões francesas, alguns com mais de um
século de idade e há décadas parados, que vem sendo recuperados.
Um
deles – uma gigantesca roda de pás de 8 m de diâmetro e 5 m de largura, com
capacidade de 40 kW – estava desativado há mais de 50 anos.
É
o “coração” da antiga usina de Morannes, na região de Maine-et-Loire, que
gerava energia para um moinho de farinha de trigo, girando a um desnível de 1,2
m das águas do rio Sarthe.
A
inovação tecnológica dessa unidade geradora envolve a substituição das pás e do
redutor (um conjunto de engrenagens e pinhões); este último, uma fonte de perda
de rendimento, estimada entre 30 e 50% da energia oriunda das correntes fluviais.
À
época do império romano, essas rodas captavam apenas 30% da energia da água;
atualmente, elas alcançam rendimentos em torno de 80% e já são consideradas
rentáveis.
No
século XIX, cerca de 100 mil rodas giravam nos rios da França gerando energia
mecânica e elétrica. Apenas 20% delas ainda pode produzir eletricidade, estima
Benoît Lauriou, da empresa especializada na renovação de equipamentos
hidráulicos.
Esquema de uma unidade geradora de
baixa queda. Adaptado de
http://www.energystream-solucom.fr/wp-content/uploads/2014/02/Centrale-de-basse-chute.png
Se
a geração elétrica em antigos sítios isolados tem se beneficiado do avanço
tecnológico dos equipamentos para se tornar rentável, a PCH (pequena
central hidrelétrica) tem a compra da energia produzida garantida por lei.
Na
“região da hidroeletricidade” (Pirineus-Atlânticos), nas proximidades de Lourdes,
as obras de renovação de pequenas centrais andam a todo vapor.
Cerca
de 40 usinas de queda alta e umas 30 de fio de água estão instaladas na região,
totalizando 660 MW de capacidade instalada.
Para
ter a tarifa elétrica garantida pelo governo, o empreendedor deve se
comprometer com a renovação de equipamentos e infraestrutura (um investimento
mínimo de 1.172 euros/kW), que inclua o respeito a normas ambientais.
Entre
elas, a obrigação de manter uma “vazão reservada” (de 10% da vazão média dos
últimos 30 anos, para rios cuja vazão atual é menor que 80 m3/s), de modo a
garantir o equilíbrio biológico da fauna e da flora.
É
também necessário prever na infraestrutura da instalação acessos para permitir a
passagem de peixes migratórios rio abaixo ou rio acima.
Fonte: Le Journal des Énergies Renouvelables, No 226, março-abril de 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário