http://www.industrie.gouv.fr/tc2015/feuilletable/pageFlipEnergie/index.html
O estudo foi coordenado pelo ministério francês da indústria, energia e economia digital, e envolveu o trabalho de 250 especialistas do mundo produtivo e científico.
Eles identificaram 85 tecnologias que possam assegurar vantagem competitiva e atrair investimentos para a França, entre 2015 e 2020, em diversos setores de atividade.
As tecnologias-chave mapeadas englobam as áreas de informação e comunicação, materiais e química, construção civil, energia, meio ambiente, saúde, agricultura, agroalimentar e transportes.
Cada uma dessas nove áreas foi objeto de um estudo detalhado – publicado no relatório “Technologies clés 2015”, divulgado em 15.3.2011 – que analisa estrategicamente as tendências de evolução das respectivas tecnologias e fornece subsídio para as políticas públicas de fomento.
O estudo das tecnologias-chave é realizado na França a cada cinco anos, desde 1995. Ele aponta, por exemplo, que em 2008 a área de energia que mais recebeu investimento público para pesquisa foi a nuclear (fissão, fusão e gestão de lixo atômico), com 50% dos recursos, seguida pelas energias fósseis (15%), eficiência energética (14%) e renováveis (10%).
Em relação às energias renováveis, as mais priorizadas pelo governo francês em 2008 foram a bioenergia e a solar, que receberam respectivamente cerca de 44% e 39% do total dos recursos aplicados em pesquisa (gráfico abaixo).
Distribuição (%) do investimento público francês em pesquisa na área de energia, em 2008. Adaptado de http://www.industrie.gouv.fr/tc2015/technologies-cles-2015.pdf
Na área de energia, as reflexões que nortearam o estudo partiram de duas constatações. A primeira, é que os combustíveis fósseis, em particular os hidrocarbonetos, ainda vão ter um papel importante nas próximas décadas e, portanto, é essencial manter os investimentos no setor petrolífero e explorar da melhor forma as fontes existentes.
A segunda, é que o relativo consenso quanto à necessidade de combater a mudança climática não é sempre acompanhado de ações concretas, já bem conhecidas na França: aumentar o uso de energias renováveis, consolidar a energia nuclear e reduzir as emissões de gases de efeito estufa resultantes de combustíveis fósseis (melhoria da eficiência energética na indústria, nas edificações e nos transportes).
Com base nessas premissas, o comitê de experts selecionou 17 tecnologias de impacto no setor energético, com destaque para a geração elétrica fotovoltaica e a energia solar térmica (solar thermal concentrating) e para centrais eólicas no mar.
Entre outras tecnologias-chave identificadas, o relatório ressalta aquelas ligadas aos biocombustíveis, à captura e estocagem de CO2, ao hidrogênio, às células de combustível e à geotermia.
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