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Segundo o relatório do Conselho Americano para uma Economia de Energia Eficiente (ACEEE, em inglês), divulgado recentemente, o Brasil aparece na última posição dos top ten das maiores “economias verdes” do mundo.
Do quarto ao nono lugar estão Japão, França, União Europeia, Austrália, China e Estados Unidos; Canadá e Rússia ocupam as duas últimas posições, completando as doze maiores economias do mundo avaliadas. Juntas, elas representam 78% do PIB do planeta e 63% do consumo de energia global.
O levantamento da ACEEE levou em conta quatro setores estratégicos – com alta demanda de energia e mais susceptíveis a ações de uso eficiente – aos quais foram atribuídos “pontos” que totalizam 100: transporte (23), indústria (24), edificações (28) e “esforço nacional” (25).
A categoria “esforço nacional” envolve, entre outros fatores, a produtividade energética, redução da intensidade energética (relação energia consumida/PIB), eficiência de usinas termelétricas, investimento privado em uso eficiente de energia e gasto em P&D em eficiência energética.
A pontuação global e por setor de cada uma das 12 economias avaliadas estão na figura abaixo.
Adaptado de http://www.aceee.org/sites/default/files/publications/researchreports/e12a.pdf
Os países melhor avaliados por setor foram: em Esforço Nacional, a Alemanha (19 de 25 pontos); em Edificações, a China (23 de 28); em Indústria, o Reino Unido (18 de 24) e, em Transporte, China, Itália, Alemanha e Reino Unido (cada um com 14 pontos de 23 possíveis). O melhor escore global (atribuído ao Reino Unido) foi de 67 pontos.
Para facilitar a comparação entre países, o ACEEE usou variáveis como PIB e população na normalização dos resultados. Assim, no quesito consumo nacional de energia per capita (toneladas de petróleo equivalente por habitante), o Brasil lidera (detém a menor relação), seguido por China e Itália. Já quando o índice é o consumo energético pelo PIB, o Brasil cai para a 8ª posição e o Japão assume o 1º lugar.
“Um país que usa menos energia para alcançar os mesmos resultados, ou melhorá-los, reduz custos e polui menos, criando uma economia mais forte, mais competitiva”, diz o relatório.
A ACEEE contou com a colaboração de consultores de diversos países e de agências internacionais, como IEA e Comissão Europeia. Pelo Brasil, o colaborador foi Gilberto Jannuzzi, professor da Unicamp.
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