Adaptado de http://www.new-learn.info/packages/euleb/en/glossary/index13.html
De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2021), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e divulgado ontem, as fontes de energia renovável devem responder por 45% do total em 2021, ante os 43,1% atuais.
Para fazer face ao aumento da demanda (consumo final de energia), de 4,7% ao ano, projetado para a próxima década, a oferta de combustíveis fósseis deve crescer a esta mesma taxa.
A exploração da camada pré-sal deve impulsionar a produção de petróleo, com um aumento previsto de 158% até 2021, assim como a produção de gás natural, cuja participação na matriz deve passar de 11% para 15,5%.
A meta fixada pela EPE visa manter a “intensidade de carbono” (emissões de CO2 em relação ao PIB) no mesmo patamar de 2005, ano do segundo inventário brasileiro de emissões de gás carbônico.
Para assegurar o avanço de dois pontos percentuais das fontes renováveis na matriz energética nos próximos dez anos, a capacidade eólica instalada saltaria de pouco menos de 1 GW (giga watt) para 16 GW em 2021. Parte dessa energia já está leiloada e deve entrar em operação a partir de 2013.
Outra oferta de energia renovável em expansão são os derivados da cana-de-açúcar, etanol e bagaço, cuja previsão de crescimento anual é de 8,1%. A capacidade instalada de bioenergia prevista para o início do terceiro decênio é de 13 GW.
Segundo o PDE 2021, em relação ao setor energético, seria possível “não ultrapassar o patamar de 680 milhões de toneladas de CO2 de emissões absolutas do setor como um todo em 2020 e manter o indicador de intensidade de carbono da economia em níveis não superiores ao valor registrado em 2005”.
Entre 2012 e 2021, a capacidade instalada brasileira deve crescer 56%, passando dos atuais 116,5 GW para 182,4 GW. Novas hidrelétricas, especialmente na região Norte – com a entrada em operação de usinas de grande porte, com destaque para a de Belo Monte – responderiam por parte significativa desse avanço (31,7 GW).
O documento da EPE destaca, ainda, o esforço nacional “para manter em patamares elevados a participação das energias renováveis na matriz energética”, já que em 2009 a média da participação das fontes renováveis na matriz energética global era de apenas 13,3%.
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