Manobra de
aproximação da passarela Ampelmann junto a um aerogerador instalado no Mar do
Norte (FOTO: Ampelmann)
Le Journal des Énergies Renouvelables Nº 216, julho-agosto
2013
Foi
durante a Conferência de Energia Eólica Offshore (OWEC) de 2002, em Berlim, que
Jan der van Tempel, engenheiro e doutorando da Universidade Tecnológica de
Delft (TU Delft), Holanda, teve a ideia de aplicar o mesmo princípio de
simuladores de voo autoestabilizados a plataformas offshore.
Nos
5 anos seguintes, enquanto preparava seu doutorado, Tempel criou entre muros da
TU Delft – com apoio da incubadora de alta tecnologia Yes!Delft – a empresa
Ampelmann.
Em
2006, Tempel defende sua tese de doutorado, intitulada “Projeto de estruturas de
suporte para turbinas eólicas offshore”,
o embrião do produto que se tornaria o carro-chefe da Ampelmann.
Em
operação comercial desde 2008, e em plena expansão atualmente, a Ampelmann fabrica dois
modelos de passarela que se distinguem apenas na amplitude e no tamanho; são unidades
com 20 ou 25 metros de altura.
A
passarela Ampelmann é uma espécie de ponte, móvel e rotatória, conectada à estrutura
de uma embarcação, adaptável à navios com comprimento entre 50 e 200 metros.
http://www.ideasinmotioncontrol.com/2012/06/a-smooth-approach-to-safer-offshore-turbine-access.html#.Uhz39yTyFCg
Seis
pés formando um hexágono sustentam o conjunto plataforma/ passarela (foto),
apoiados em cilindros hidráulicos de 300 atmosferas de pressão, permitindo
movimentos de 1,25 m para baixo e para cima, compensando, assim, ondas de até
2,5 m.
O
aluguel das passarelas Ampelmann custa 5 mil euros por dia; 60% da clientela
são fabricantes de turbinas eólicas (Siemens e Ballast Nedam, entre outros) e
40% de empresas de petróleo (Total, Shell, BP).
Na
Alemanha, “Ampelmann” é o nome do bonequinho luminoso (verde ou vermelho) dos
semáforos de pedestres de Berlim, instalados desde a guerra fria, na parte
oriental da capital alemã.
Ao
adotar este nome para sua exitosa tecnologia, Tempel quis prestar uma
homenagem à cidade onde estava quando teve
a ideia da passarela, evocando o espírito do “tão fácil quanto atravessar a rua”,
declara o inventor.
Fonte: Le Journal des Énergies Renouvelables Nº 216 13, julho-agosto 2013
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