quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Eólica offshore: tecnologia inovadora garante acesso seguro às instalações

Passarela de fabricação holandesa atende indústria eólica e petrolífera

Manobra de aproximação da passarela Ampelmann junto a um aerogerador instalado no Mar do Norte (FOTO: Ampelmann)
Le Journal des Énergies Renouvelables Nº 216, julho-agosto 2013

Foi durante a Conferência de Energia Eólica Offshore (OWEC) de 2002, em Berlim, que Jan der van Tempel, engenheiro e doutorando da Universidade Tecnológica de Delft (TU Delft), Holanda, teve a ideia de aplicar o mesmo princípio de simuladores de voo autoestabilizados a plataformas offshore. 

Nos 5 anos seguintes, enquanto preparava seu doutorado, Tempel criou entre muros da TU Delft – com apoio da incubadora de alta tecnologia Yes!Delft – a empresa Ampelmann.

Em 2006, Tempel defende sua tese de doutorado, intitulada “Projeto de estruturas de suporte para turbinas eólicas offshore”, o embrião do produto que se tornaria o carro-chefe da Ampelmann. 

Em operação comercial desde 2008, e em plena expansão atualmente, a Ampelmann fabrica dois modelos de passarela que se distinguem apenas na amplitude e no tamanho; são unidades com 20 ou 25 metros de altura. 

A passarela Ampelmann é uma espécie de ponte, móvel e rotatória, conectada à estrutura de uma embarcação, adaptável à navios com comprimento entre 50 e 200 metros.

http://www.ideasinmotioncontrol.com/2012/06/a-smooth-approach-to-safer-offshore-turbine-access.html#.Uhz39yTyFCg

Seis pés formando um hexágono sustentam o conjunto plataforma/ passarela (foto), apoiados em cilindros hidráulicos de 300 atmosferas de pressão, permitindo movimentos de 1,25 m para baixo e para cima, compensando, assim, ondas de até 2,5 m. 

O aluguel das passarelas Ampelmann custa 5 mil euros por dia; 60% da clientela são fabricantes de turbinas eólicas (Siemens e Ballast Nedam, entre outros) e 40% de empresas de petróleo (Total, Shell, BP). 

Na Alemanha, “Ampelmann” é o nome do bonequinho luminoso (verde ou vermelho) dos semáforos de pedestres de Berlim, instalados desde a guerra fria, na parte oriental da capital alemã. 

Ao adotar este nome para sua exitosa tecnologia, Tempel quis prestar uma homenagem  à cidade onde estava quando teve a ideia da passarela, evocando o espírito do “tão fácil quanto atravessar a rua”, declara o inventor. 

Fonte: Le Journal des Énergies Renouvelables Nº 216 13, julho-agosto 2013

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