Hidrelétrica
de Alqueva, de 520 MW, a maior de Portugal e da Europa Ocidental
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Alqueva_dam.JPG
Com
forte participação das fontes hídrica e eólica em sua matriz elétrica, Portugal
se junta ao seleto grupo de países europeus – Noruega, Suécia e Áustria – onde
mais de 50% da eletricidade consumida é de origem renovável.
Nos
três primeiros meses do ano, a geração renovável no país superou amplamente essa
marca, alcançando em março 87% do consumo elétrico interno.
Favorecido
pela abundância de chuvas no início do ano, Portugal retomou seu perfil de
exportador de eletricidade (13% dos 5.000 kWh produzidos em março).
A
capacidade instalada portuguesa soma 18,6 GW, dos quais 10,7 GW provêm de
fontes renováveis, o restante é fornecido por centrais de cogeração fóssil e
usinas de carvão.
Apesar
da alta disponibilidade de energia solar em território lusitano, a
participação dessa fonte na matriz elétrica de Portugal é mínima; a maior parte da eletricidade
renovável é produzida por hidrelétricas (5,2 GW) e parques eólicos (4,2 GW), com 0,6 GW oriundos de termelétricas a biomassa e 0,2 GW de centrais fotovoltaicas.
“O
fator técnico limitante [para se atingir 100% de geração elétrica renovável] é
a capacidade de interconexão de nossa rede com as da Espanha e da França, que é de 1 GW, mas precisaria alcançar entre 10 e 15 GW para permitir um
suporte recíproco”, diz António Sá da Costa, presidente da Associação
Portuguesa de Energias Renováveis.
Outra
barreira apontada por Costa é a variação meteorológica de um ano a outro.
Enquanto a capacidade de outras fontes, como a eólica e a solar, oscila em torno de 10% (com as condições climáticas), no caso da hidráulica, a oscilação é bem
maior.
Em
2005 foi de 42% e em 2010 de 131%, em relação à capacidade hidrelétrica “normal” (100%). No primeiro trimestre deste ano, a variação foi de 125%, o que deve
tornar 2013 um ano favorável à geração hidráulica, elevando a taxa de participação
de fontes renováveis na matriz elétrica portuguesa, explica Costa.
Fonte: Le Journal de l’Éolien, hors-série Nº 13, junho de 2013
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