Técnicos avaliam instalação solar
fotovoltaica em Sengsavang, no Laos
(FOTO: Infos - Fondation Énergies pour le
Monde, Nº 34, novembro de 2013)
Um
panorama socioeconômico global na área de energias renováveis coloca o Brasil em 2º lugar no ranking de empregos no setor, atrás apenas da China.
O estudo,
publicado na semana passada, é da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena,
na sigla em inglês), e exclui grandes hidrelétricas e biomassa tradicional.
O número
de pessoas que trabalham direta ou indiretamente no setor de fontes limpas no
mundo avança a passos largos: em 2010 eram 3,5 milhões, em 2012 superou 5,7
milhões (63% a mais), e pode triplicar até 2030, diz o relatório da Irena
“Renewable Energy and Jobs”.
O
documento revela que China, Brasil, Estados Unidos, Índia e União Europeia (com
Alemanha de “carro-chefe”) concentram a quase totalidade desses empregos e que
biocombustíveis e energia solar fotovoltaica, juntos, respondem por 48% do
total.
No
Brasil, quase 97% dos postos de trabalho são no setor de biocombustíveis, sendo o
restante no de energia eólica. Não há menção ao setor de aquecimento solar.
Já na
China – líder do ranking de empregos no setor de renováveis, com 1/3 do total –
a área solar é a que tem mais trabalhadores (1,1 milhão), seguida pela de
bioenergia (biomassa, biocombustíveis e biogás), com 380 mil, e eólica (267 mil).
Na
Europa, o setor líder é o de energia solar, que emprega 364 mil pessoas (86% no
fotovoltaico), seguido pelo de biomassa (274 mil) e eólica (270 mil).
Os emergentes China,
Índia e Brasil tiveram uma considerável expansão em setores
de energia renovável nos últimos anos, mas a informação detalhada sobre geração de empregos nesses países é limitada, diz o relatório da Irena.
De fato, com
cerca de 9,5 milhões de m2 de coletores solares instalados em
território nacional – com base na taxa de crescimento anual médio de 1 milhão
de m2 desde 2010 – o Brasil figura no estudo da
Irena com “zero” emprego no setor.
Projeções
indicam um grande potencial para o crescimento de postos de trabalho no setor
de energias renováveis alternativas mundo afora, podendo chegar a 16,7 milhões em 2030, no
melhor cenário avaliado pela Irena.
Seriam
mais 9,7 milhões de empregos em bioenergia, 2,1 milhões em eólica, 2 milhões em solar
fotovoltaica, 1,8 milhão em aquecimento solar, 600 mil em pequenas
hidrelétricas e 500 mil em outras fontes renováveis (heliotermodinâmica,
geotérmica, energia dos mares e oceanos, etc).
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) acaba de divulgar o prognóstico de que a demanda de energia no Brasil nos próximos 10 anos crescerá em média 4,3% ao ano, ou seja, em 2023 nosso consumo energético será 52% maior que o atual.
Uma boa parte dessa energia nova, que o país precisará para se desenvolver, poderia ser fornecida por fontes renováveis ainda não exploradas – especialmente a solar, para produção de eletricidade – gerando inúmeros empregos no setor, como aponta o estudo da Irena, e sem maiores impactos ambientais.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) acaba de divulgar o prognóstico de que a demanda de energia no Brasil nos próximos 10 anos crescerá em média 4,3% ao ano, ou seja, em 2023 nosso consumo energético será 52% maior que o atual.
Uma boa parte dessa energia nova, que o país precisará para se desenvolver, poderia ser fornecida por fontes renováveis ainda não exploradas – especialmente a solar, para produção de eletricidade – gerando inúmeros empregos no setor, como aponta o estudo da Irena, e sem maiores impactos ambientais.
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