Verticalização
contribui para manter núcleo urbano mais quente que zonas periféricas rurais
Vista
aérea de São José dos Campos (SP)
http://www.sjc.sp.gov.br/secretarias/governo.aspx
Capital do Vale do Paraíba, São José tornou-se exemplo
de “ilha de calor”, resultante de um processo de urbanização desenfreada.
O fenômeno é caracterizado quando a temperatura do ar ambiente na cidade torna-se sensivelmente maior que no entorno verde.
Um estudo realizado por diversos centros de pesquisa brasileiros e publicado recentemente pela UFRJ mostrou que, depois de São Paulo e Rio de Janeiro, São José dos Campos (no interior paulista) é a cidade com maior número de áreas urbanas mais quentes que áreas periféricas.
A diferença de temperatura chega a 3 oC. Outras cidades de médio porte listadas na pesquisa como grandes “concentradoras de calor” são Porto Alegre, Curitiba e Campinas.
Em todas elas, identificou-se o mesmo processo acelerado de urbanização, em que a cobertura natural foi substituída por pavimento asfáltico, concreto e outros tipos de superfície artificial.
A rápida verticalização e a expansão de áreas residenciais em direção a áreas antes exclusivamente industriais e a rodovias que cortam o perímetro urbano também contribuem para a formação de ilhas de calor.
“O setor automobilístico, concentrado inicialmente na região do ABC, sofreu uma dispersão geográfica, deslocando-se para Betim-MG (FIAT) e interior de São Paulo – região de Campinas e Vale do Paraíba”, diz o 1º relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, elaborado pela UFRJ.
O documento expressa preocupação, pelo fato do aumento da quantidade de veículos particulares estar intensificando a emissão de gases de efeito estufa em regiões metropolitanas.
Para a secretária de Meio Ambiente de São José Andréa Francomano, a geografia da cidade (situada em um vale) e o fato dela ser cortada pela principal estrada que liga os estados de São Paulo e Rio (via Dutra) agravam os problemas ambientais.
Entre as medidas de mitigação que cabem ao poder municipal e que vem sendo adotadas estão a ampliação de ciclovias e a implantação de corredores de ônibus, destaca Francomano.
São paliativos que podem amenizar o problema, mas não impedem a formação dos tais focos de calor, cuja principal causa é o próprio processo de urbanização.
Ilhas de calor são causadas por uma teia de fatores antrópicos, a maioria deles relacionados diretamente à urbanização.
A redução da parcela da radiação solar refletida de volta ao espaço (devido ao uso de materiais de construção e pavimentação altamente absorventes) e o chamado “efeito cânion radiativo” (trocas radiativas entre telhados e o céu), que também aumenta a energia solar absorvida, estão entre as principais causas.
O fenômeno é caracterizado quando a temperatura do ar ambiente na cidade torna-se sensivelmente maior que no entorno verde.
Um estudo realizado por diversos centros de pesquisa brasileiros e publicado recentemente pela UFRJ mostrou que, depois de São Paulo e Rio de Janeiro, São José dos Campos (no interior paulista) é a cidade com maior número de áreas urbanas mais quentes que áreas periféricas.
A diferença de temperatura chega a 3 oC. Outras cidades de médio porte listadas na pesquisa como grandes “concentradoras de calor” são Porto Alegre, Curitiba e Campinas.
Em todas elas, identificou-se o mesmo processo acelerado de urbanização, em que a cobertura natural foi substituída por pavimento asfáltico, concreto e outros tipos de superfície artificial.
A rápida verticalização e a expansão de áreas residenciais em direção a áreas antes exclusivamente industriais e a rodovias que cortam o perímetro urbano também contribuem para a formação de ilhas de calor.
“O setor automobilístico, concentrado inicialmente na região do ABC, sofreu uma dispersão geográfica, deslocando-se para Betim-MG (FIAT) e interior de São Paulo – região de Campinas e Vale do Paraíba”, diz o 1º relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, elaborado pela UFRJ.
O documento expressa preocupação, pelo fato do aumento da quantidade de veículos particulares estar intensificando a emissão de gases de efeito estufa em regiões metropolitanas.
Para a secretária de Meio Ambiente de São José Andréa Francomano, a geografia da cidade (situada em um vale) e o fato dela ser cortada pela principal estrada que liga os estados de São Paulo e Rio (via Dutra) agravam os problemas ambientais.
Entre as medidas de mitigação que cabem ao poder municipal e que vem sendo adotadas estão a ampliação de ciclovias e a implantação de corredores de ônibus, destaca Francomano.
São paliativos que podem amenizar o problema, mas não impedem a formação dos tais focos de calor, cuja principal causa é o próprio processo de urbanização.
Ilhas de calor são causadas por uma teia de fatores antrópicos, a maioria deles relacionados diretamente à urbanização.
A redução da parcela da radiação solar refletida de volta ao espaço (devido ao uso de materiais de construção e pavimentação altamente absorventes) e o chamado “efeito cânion radiativo” (trocas radiativas entre telhados e o céu), que também aumenta a energia solar absorvida, estão entre as principais causas.
Cientistas,
inclusive, apontam procedimentos de mitigação mais efetivos que aqueles citados
por Francomano, mas que obviamente dependeriam de outras esferas de poder.
O
físico francês Francis Meunier descreve em um artigo uma série
de medidas potencialmente capazes de criar um “efeito oásis” em conglomerados
urbanos e, assim, atenuar ilhas de calor como a que se tornou São José dos
Campos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário