Três projetos de grande
porte de aquecimento solar urbano foram concebidos para diferentes regiões
francesas
O
aquecimento solar urbano (SDH, na sigla em inglês) é uma tecnologia comprovada
e confiável. Operadores e profissionais do setor acumulam mais de 20 anos de
experiência no desenvolvimento, exploração e manutenção de sistemas de SDH.
De
2007 a 2017, cerca de 300 novas instalações de SDH entraram em funcionamento na
Europa, somando uma potência térmica de 350 kWth (kilo-watt-térmico).
Líder
do setor, a Dinamarca dispõe de 1,3 milhões de m2 de coletores térmicos conectados
a redes de calor, seguida de Áustria, Alemanha e Suécia.
A
Europa acumula uma capacidade instalada em SDH de 1.100 MWth (mega-watt-térmico),
com um crescimento médio anual superior a 35% nos últimos 5 anos.
Segundo
o SDH Guidelines, são 187 instalações
com capacidade igual ou superior a 700 kWth em operação, utilizando diferentes
tecnologias solares, entre elas, coletores de placa plana, de tubo evacuado e
parabólicos.
Na
França, o desenvolvimento de SDH tem crescido de forma consistente desde 2014: mais
de 20 redes de calor solar tem sido objeto de análise e três grandes projetos,
financiados pela Agência para o Meio Ambiente e a Gestão da Energia (Ademe) e a
Comissão Europeia, foram implementados em diferentes regiões do país.
No
portal www.solar-district-heating.eu
estão informações sobre redes de aquecimento solar urbano na União europeia;
uma base de dados de duas décadas de experiência acumulada.
O
portal disponibiliza os resultados de três projetos: SDHtake-off, SDHplus e
SDHp2m, este último como referência para os outros dois.
As redes de aquecimento urbano são tubulações de água
quente (com temperaturas abaixo de 110 oC) pressurizada ou em forma de vapor, que
abastecem aquecedores de casas e edificações em núcleos urbanos.
O calor utilizado provém da incineração de lixo
doméstico, da queima de combustíveis fósseis (gás, carvão ou óleo) ou de fontes
renováveis, como a energia solar, biogás e geotérmica. Podem, ainda, ser
abastecidas pela “cogeração” (produção simultânea de energia elétrica e calor),
em centrais termelétricas.
“Em grande escala, a energia solar térmica mostra-se
economicamente viável e tecnicamente madura. Daí considerarmos um elemento
chave entre as diversas estratégias científicas para a transição energética na
Europa, diz Thomas Pauschinger, do Steinbeis
Research Institute Solites e coordenador do projeto SDHp2m.
O projeto abordou os desafios para viabilizar o
mercado para uma ampliação considerável dos sistemas de aquecimento urbano, pelo
aumento da participação de fontes renováveis, especialmente a solar, em
centrais térmicas a combustíveis fósseis.
O SDHp2m focou suas ações na implementação de
políticas avançadas e medidas de apoio ao uso em larga escala de energia solar
em sistemas de climatização de aglomerações urbanas de 9 regiões europeias.
Em 2013, cerca de 1/3 das instalações de aquecimento
urbano eram alimentadas com energia renovável. Com a implantação de três
instalações solares de grande porte nas regiões de Juvignac, Balma e
Châteaubriant, a França fica mais próxima do seu objetivo para 2020, que a
participação de 50% de fontes renováveis no aquecimento urbano.
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