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domingo, 14 de novembro de 2010

Uso medicinal da maconha: maioria dos americanos é favorável

Pesquisa mostra que ampla maioria da população dos EUA são a favor de comércio e uso de marijuana para fins medicinais

http://jackiespeaks247.files.wordpress.com/2009/11/medical-marijuana

De acordo com a pesquisa feita em março de 2010 pelo Pew Research Center for the People and the Press, quase três em cada quatro americanos concordam com a legalização da maconha para uso terapêutico.

De todos os grupos considerados na pesquisa – sexo, etnia, idade, grau de instrução e filiação partidária – pelo menos 61% declaram aceitar o uso legal da maconha nos Estados Unidos.

Em relação ao levantamento de 2008, feito pela General Social Survey – quando 35% defendiam a legalização total da maconha – houve um pequeno avanço no contingente que se posicionou favorável, de acordo com o estudo da Pew: 41%. Há 20 anos, esse percentual era de 16%.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Cientistas defendem em manifesto uso legal da maconha

Grupo de renomados neurocientistas que atuam no país escrevem carta pública para defender uso da Cannabis sativa para fins medicinais e "recreativos"

Um dos autores da carta - publicada ontem na Folha de S. Paulo - Stevens Rehen, é um dos pioneiros na pesquisa com células tronco no Brasil e participa da atual gestão da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC). Outros dois que assinam a carta também fazem parte da diretoria da SBNeC: Sidarta Ribeiro e Cecília Hedin-Pereira.

A matéria da Folha errou ao afirmar que a carta expressava a posição da SBNeC, sociedade que congrega quase três mil especialistas. Sua diretoria se apressou em assinalar o equívoco, em post de hoje no blog da SBNeC.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Preconceito ideológico emperra uso medicinal da maconha

"Não há nada de científico, e sim de ideológico, na proibição do uso médico da maconha." Elisaldo Carlini, médico e especialista em psicofarmacologia, professor da Escola Paulista de Medicina (da Unifesp) desde 1970.

Prof. Elisaldo Carlini
Apesar de classificada pela ONU como droga particularmente perigosa - em Convenção assinada por mais de 200 países, inclusive o Brasil - a maconha é matéria prima de medicamentos nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. Marinol e Sativex são os nomes comerciais desses remédios.

Ambos utilizam o princípio ativo da planta Cannabis sativa: o delta-9-THC. São usados para reduzir dores neuropáticas, náusea e vômito provocados pela quimioterapia do câncer, no tratamento de esclerose múltipla, entre outras doenças graves.

Cannabis sativa
Mais sofisticado que o Marinol, o Sativex é fruto de duas cepas de maconha, cujos princípios ativos - misturados em doses adequadas - geram no paciente menor ansiedade e um efeito mais prolongado.

A obtenção dessa qualidade de medicamento se deve muito às pesquisas realizadas nas décadas de 1970 e 1980, na EPM/Unifesp, pela equipe do Dr. Elisaldo Carlini, quem pioneiramente comprovou a melhoria do efeito terapêutico da maconha, ao se mesclar substâncias produzidas por diferentes cepas da planta. "Mas nunca conseguimos tirar nada de positivo desses trabalhos aqui no Brasil para gerar algum produto", lamenta o professor Carlini.

Décadas de pesquisa brasileira, de dedicação de nossos melhores cérebros em psicofarmacologia, para comprovar que a maconha pode gerar produtos importantes para a medicina, diz o especialista. E nenhum resultado prático para o país. Apenas para a indústria farmacêutica de países ricos.

Segundo o Dr. Carlini, são os próprios médicos que tem impedido o licenciamento do delta-9-THC como medicamento para combater os efeitos colaterais da quimioterapia e para aliviar dores em pacientes terminais. Para o professor e pesquisador da Unifesp, um passo importante para destravar essa resistência seria o Brasil conseguir retirar a maconha da lista de drogas malditas da ONU.

FONTE: Revista Pesquisa FAPESP, Fevereiro 2010 No 168.