Em Carta Aberta ao ex-presidente FHC, economista derruba mitos insuflados pela propaganda sobre êxitos da economia brasileira em governo tucano
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O economista Theotonio dos Santos publicou ontem em seu blog um texto dirigido a FHC, no qual explica vários eventos que afetaram a economia brasileira durante o seu governo, tomados indevidamente como um legado positivo à gestão petista.
Para o especialista, não é verdade “que foi o Plano Real que acabou com a inflação”. Ele afirma que a economia mundial vivia uma hiperinflação até 1994 (ano de implantação do plano) e que, a partir de então, “todas as economias do mundo apresentaram uma queda da inflação para menos de 10%”. Ou seja, é falso dizer que em algum país houve uma política local responsável pela queda; “tratava-se de um movimento planetário”, conclui.
Na comparação da situação do Brasil com a de outros países, o autor de Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas (Rio: Ed. Civilização Brasileira, 2000) afirma que na gestão efeagacista “tivemos uma das mais altas inflações do mundo”.
O autor desfaz outro mito, o de que a política econômica de FHC foi responsável por tornar o Real uma moeda forte. Para Santos, nossa moeda foi artificialmente mantida supervalorizada até as vésperas da reeleição do tucano, em 1999.
Mais um mito desfeito por Santos é o de que o governo FHC “foi um exemplo de rigor fiscal”. O economista lembra que no início da primeira gestão tucana a dívida pública era de uns 60 bilhões de reais e, oito anos depois, passou para 850 bilhões de dólares.
Finalmente, destrói o mito de que “o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula”. As divisas do país tinham chegado ao fundo do poço e o governo foi obrigado a recorrer a empréstimos do tesouro norteamericano, Banco Mundial e BID, “tudo sem nenhuma garantia”, afirma Santos. Nada a ver com a propalada “ameaça-Lula”.
Theotonio dos Santos classifica a gestão econômica de FHC como “um fracasso rotundo”, que deixou o país amargando "os mais altos índices de risco do mundo”. O professor-emérito da UFF conclui: “Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos”.
Foi te muito agrado ler o seu artigo!!!
ResponderExcluirEstou cursando a 8ª série do ensino fundamental e farei um debate sobre FHC, Lula e Oposição ao governo.
Esse senhor não sabe o que fala, ou é petista doente. Se FHC não tivesse implantado o Plano Real, com a equipe da PUC RJ, o Lula nem teria governado. O que faria o Lula naquela época ?
ResponderExcluirComo ele se viraria com uma inflação de 2 digitos ao mes? (80 % a.m) Sei o que falo, vivi isso por anos trabalhando no mercado financeiro.
Não sou acadêmico(a), botei a mão na massa por anos, no dia a dia...
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