segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Maria da Conceição Tavares: 'Serra era um sujeito civilizado, não sei o que deu na cabeça dele agora'

Para economista, que é amiga de Serra e o conhece desde 1968, mudança de comportamento do tucano manifesta-se na arrogância e na agressão, e é motivada “por razões de interesse político”

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Em entrevista ao jornal português Público, publicada hoje, Tavares disse que Dilma e Serra se tratavam bem, mas “a campanha é que despertou essa trapalhada”. Os dois são seus amigos; ambos estiveram em sua casa no Rio, na comemoração do seu aniversário de 80 anos, em abril deste ano.

A economista disse que não levava muita fé em FHC, “que sempre foi meio dúbio, trapalhão... diz uma coisa para agradar a uns e outra para agradar a outros”. Ela afirma que o homem importante na criação do PSDB foi Mário Covas. E que Serra, quando ministro de Planejamento de FHC, era contra a política neoliberal do governo, mas depois mudou.

Conceição Tavares isentou Dilma de qualquer atitude agressiva na campanha eleitoral, dizendo que a petista apenas reagiu aos ataques de Serra, “para defender sua honra”. Elogiou o perfil profissional dos dois candidatos, “ambos são bons economistas”, afirmou.

A professora-emérita da UFRJ disse que a idéia de que Dilma é uma construção do Lula “é uma bobagem; o que ela não tem é o conhecimento político dele”. Mas ressaltou que Dilma foi ministra de Minas e Energia quando o setor de energia elétrica estava em crise, uma “herança da política boba do FHC”.

Reafirmou, ainda, o que declarou em campanha em prol de Dilma: “o Brasil tem de fazer as pazes com o povo, não pode ficar votando só para os 10 ou 20% de cima”. Veja no link abaixo a entrevista completa:

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