http://eandt.theiet.org/magazine/2011/01/brazil-state-innovation.cfm
http://indiacurrentaffairs.org/sugarcane-sown-in-about-49-lakh-hectare-sowing-of-kharif-pulses-begins/
O avanço do conhecimento científico da cana deverá impulsionar o
desenvolvimento tecnológico da “segunda geração” de produção de etanol, dizem
pesquisadores brasileiros.
Açúcares são substâncias essenciais para a formação do etanol e certas
variedades deles se mostram mais eficientes no processo, abrindo uma boa
perspectiva para se produzir mais biocombustível por hectare de terra.
Os últimos resultados da pesquisa básica realizada em nosso país
comprovam que o colmo e as folhas da cana contém mais açúcares na forma
‘hemicelulose’ do que na celulose. Estes dois componentes, junto com a pectina
e as glicoproteínas compõem a parede celular das células vegetais.
Segundo Marcos Buckeridge, professor do Instituto de
Biociências da Universidade de São Paulo e coordenador do Instituto Nacional de
Ciência e Tecnologia (INCT) do Bioetanol, estudos da parede celular de colmo e
folhas da cana revelam a presença de 50% de açúcares na hemicelulose, 30% na
celulose e 10% na pectina.
A descoberta pode impactar
positivamente no futuro da produção do combustível verde, porque até então a
tecnologia desenvolvida para a segunda geração de etanol era baseada apenas nos
açúcares da celulose, explica o professor Buckeridge.
Nas paredes celulares da cana, boa parte de açúcares presentes em aglomerados
de moléculas de celulose (as “microfibrilas”) – na forma de hemicelulose e
pectina – possuem cinco carbonos (daí “pentoses”) e, por esta razão, são inadequadas
às leveduras usadas na fermentação do caldo de cana.
Açúcares como a glicose e a frutose encontrados no suco de cana, ou a
glicose da celulose e de algumas hemiceluloses, é que são palatáveis às
leveduras, porque são formados por seis carbonos.
No futuro, o uso das pentoses do
bagaço – por meio de processos de hidrólise (decomposição de uma substância
pela ação de água) – poderá engendrar um aumento da produção brasileira anual
de etanol de 5 bilhões de litros, face aos atuais 25 bilhões de litros.
As pentoses poderão também ser
aplicadas à biotecnologia, na indústria de alimentos e medicamentos, agregando
valor comercial ao bagaço.
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