Esquema de funcionamento do ‘Waveroller’, instalado na baía de
Peniche, a 900 m da costa oeste portuguesa
Adaptado de
http://expresso.sapo.pt/portugal-volta-a-liderar-na-energia-das-ondas-video=f698292Famosa pelo surf, a praia do Baleal, em Peniche (Portugal), ganhou um novo atrativo: um gerador elétrico que utiliza a força de suas ondas como fonte de energia. A instalação é do tamanho de um navio de porte médio; tem 43 metros de comprimento, 18 de largura e 12 de altura. Mas não flutua, fica no fundo do mar.
O
protótipo pré-comercial, batizado de “Waveroller”, capta a energia das águas (de
ondas e correntes) em enormes pás, que se tornam oscilantes. Este movimento é,
então, transformado em eletricidade, com o auxílio de bombas de pistão, que
acionam um motor hidráulico conectado a um gerador elétrico (imagem).
A
eletricidade gerada no fundo do mar é transmitida por meio de cabos submarinos
até a costa e, após passar por um transformador, é injetada na rede local. Lançado
ao mar há pouco mais de dois meses, o Waveroller é fruto de uma parceria entre
a empresa portuguesa Eneólica e a finlandesa AW Energy.
Este
não é o primeiro empreendimento do gênero instalado em Portugal. Há cerca de
três anos, o protótipo “Pelamis”, baseado em outro tipo de tecnologia, foi
testado nas águas da praia da Aguçadoura, em Pólvora de Varzim, na região do
Porto.
Segundo
o professor e pesquisador Peter Lund – do Grupo de Novas Tecnologias de
Energia, da Universidade de Aalto, de Helsinki (Finlândia) – a geração de
energia elétrica a partir das ondas enfrenta hoje os mesmos desafios que a
eólica enfrentou há 20 anos. “Ainda
há diferentes vias tecnológicas a seguir, mas ao longo dos anos algumas vão dar
lugar a outras mais promissoras”, declarou Lund em entrevista ao site da AW
Energy.
Lund
diz que atualmente muitas tecnologias de energia das ondas encontram-se em uma fase de
transição interessante, passando de uma escala conceitual para uma escala de
aplicação da energia; agora elas precisam se consolidar “para formar a terceira
onda de fontes renováveis, depois da eólica e da solar”, afirmou. Ele destacou positivamente o Waveroller como tecnologia “near-shore sub-surface”.
O
protótipo instalado em Peniche – que começou a ser testado com a sua capacidade
total (3 módulos de 100 kW cada) – é o resultado da segunda etapa de um projeto
iniciado há dois anos e que custou 6,5 milhões de euros.
Muito interessante este projeto, num momento em que a energia offshore pode assumir um papel importante na economia dos países periféricos, como Portugal e Brasil...
ResponderExcluirGostei muito do blog e dos artigos sobre energias renováveis,
um abraço, ricardo carvalho