http://www.energy-daily.com/reports/Tackling_mysteries_about_carbon_possible_oil_formation_and_more_deep_inside_Earth_999.html
A
temperatura média da superfície terrestre é conhecida de longa data e pouco muda
com o tempo ou o avanço científico. Oscila em torno de 15ºC. Já a temperatura nas
profundezas da Terra, ou variou muito nas duas últimas décadas ou depende
bastante da tecnologia usada para determiná-la.
Cientistas
europeus divulgaram ontem resultados de uma nova pesquisa que apontam para uma
temperatura nas proximidades do centro da Terra de 6.000ºC. Um estudo de 1993 indicava
5.000ºC.
O núcleo terrestre é composto basicamente de uma esfera de ferro líquido a 4.000ºC, sob uma pressão superior a 1,3 milhões de atmosferas. Apenas muito próximo do centro da Terra, onde a temperatura e a pressão são ainda maiores, o ferro líquido se solidifica.
A
análise de ondas sísmicas provocadas por terremotos permite determinar a
espessura das camadas de ferro líquido e ferro sólido que formam o núcleo. Possibilita,
ainda, saber como a pressão varia com a profundidade.
Mas
não fornece informações sobre a temperatura, parâmetro que exerce grande influência sobre o
movimento do material ferroso dentro do núcleo sólido e da camada de ferro líquido
que o circunda. A diferença de temperatura entre os componentes do núcleo é a principal força motora que
origina ondas de calor em larga escala e que afloram até a superfície.
Essas frentes de calor, juntamente com a rotação da Terra, agem como um gigantesco dínamo, gerando o campo magnético terrestre. O perfil de temperatura no interior da Terra também explica a formação e a intensa atividade de vulcões, como os das ilhas do Havaí e da Reunião.
A
nova técnica usada pelos pesquisadores do Laboratório Europeu de Radiação Síncroton
(ESRF, na sigla em inglês) confirmou modelos geofísicos que predizem a
temperatura no centro do globo e explicam o campo magnético da Terra.
A
temperatura mil graus mais alta não significa que o núcleo terrestre tenha se
aquecido nos últimos 20 anos. Sugere, sim, que a técnica de medição usada à época
falhou; um estudo – publicado na edição de junho de 93 da Nature – realizado pela equipe do geofísico alemão Reinhard
Boehler.
Para
obter uma imagem precisa do perfil de temperatura no núcleo da Terra, os
cientistas do ESRF usaram um aparato de laboratório para reproduzir as mesmas
condições térmicas existentes próximas do centro do globo.
Um
diamante foi usado para gerar uma pressão de alguns milhões de atmosferas sobre
uma amostra de ferro, ao mesmo tempo em que um laser superpotente gerava calor,
elevando a temperatura da amostra a níveis entre 4 e 5 mil graus Celsius. O estudo
do ESRF foi publicado hoje na revista Science.
Fonte: http://www.esrf.eu/news/general/Earth-Centre-Hotter/
Fonte: http://www.esrf.eu/news/general/Earth-Centre-Hotter/
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