Cidade de Grenoble, França
http://www.calatorii.org/wp-content/uploads/2013/02/grenoble-great-city-to-visit.jpg
Setenta
microcarros 100% elétricos de dois lugares estarão circulando pelas ruas da “capital
dos Alpes” até o final do próximo ano. Os
veículos poderão ser alugados por usuários de transporte público em estações
espalhadas por Grenoble e outras cidades da região de Isère,
França.
O
protocolo com vistas à realização do projeto foi firmado no mês passado pelas
partes envolvidas: prefeitura, governo regional, a estatal Eletricité de France (EDF), a empresa Cité lib e a fabricante
dos carros elétricos, Toyota.
O projeto piloto – que estará em operação experimental por três anos – é uma solução inovadora que deve ajudar a França a atingir suas metas de redução de emissões de carbono e gases poluentes.
O
uso desse tipo de tecnologia limpa em transporte público visa atender uma
demanda identificada nas etapas iniciais e finais de outros sistemas de
transporte coletivo de Grenoble, complementando sua funcionalidade.
Para
a Toyota, o novo programa de veículos elétricos será uma ocasião para avaliar
na prática a interconexão entre diferentes meios de transporte público e
individual. De olho no potencial econômico dos sistemas de autosserviço urbano,
a maior montadora do mundo ambiciona a exploração global deste novo mercado.
O
usuário poderá recarregar o veículo em um dos pontos distribuídos na aglomeração de Grenoble-Alpes Métropole. A carga será feita através de um cartão magnético individual (com créditos em "energia" adquiridos pelo usuário, de modo semelhante aos créditos em "tempo" que se compra para o
celular) em um terminal eletrônico, que vai liberar a eletricidade necessária
para um determinado trajeto previamente programado.
http://kilometer1.wordpress.com/2013/03/08/toyota-i-road/
O
modelo de carro será o i-Road (foto), lançado recentemente no Salão do
Automóvel de Genebra. Com três rodas, um habitáculo hermético para duas pessoas
e tecnologia “Active Lean” (rebaixamento automático do chassi nas curvas), o
i-Road tem dois motores elétricos acoplados às rodas dianteiras, que garantem
uma autonomia de 50 km.
A
Toyota fornecerá, ainda, um sistema informatizado de gestão que permitirá ao
usuário fazer reservas via smartfone, verificar a localização e disponibilidade dos veículos.
O
grupo de energia EDF avaliará o funcionamento da rede de estações de recarga e
sua interconectividade com o sistema de reservas e pagamento. Isto permitirá ao
cidadão, no futuro, utilizar um único cartão para ter acesso aos meios de
transporte coletivos e ao novo sistema individual de autosserviço.
A
Cité lib por sua vez será a operadora do novo sistema de mobilidade urbana, responsável
por sua gestão comercial (inscrições, pagamentos, comunicação com os clientes)
e logística (disponibilização dos carros em função da demanda, manutenção da
frota e dos terminais de acesso).
O
uso de veículos elétricos em larga escala significa um
benefício ambiental, já que contribui para reduzir a temperatura do ar em espaços urbanos. Juntamente
com medidas como o uso de materiais de construção termicamente apropriados e a adoção
de edificações de baixo consumo energético, pode evitar
“ilhas de calor”, pelo aumento do “albedo” (fração da radiação solar incidente
refletida de volta ao espaço) local.
Muito
distante da realidade brasileira – uma das matrizes energéticas mais limpas do
planeta – a inovação em transporte não poluente planejada para
Grenoble vai de encontro aos objetivos do estado francês, que almeja a participação de 23% de fontes renováveis em seu consumo primário de energia, até 2020.
Estima-se que até 2018 metade da frota automotiva das principais cidades na União Europeia será de carros elétricos. O grande entrave para a dessiminação da tecnologia é o preço do veículo. No Japão, custa o equivalente a R$ 70 mil, valor que cai para R$ 53 mil com incentivos fiscais (um carro à gasolina custa R$ 40 mil). De cada 10 veículos japoneses, um é elétrico ou híbrido.
Estima-se que até 2018 metade da frota automotiva das principais cidades na União Europeia será de carros elétricos. O grande entrave para a dessiminação da tecnologia é o preço do veículo. No Japão, custa o equivalente a R$ 70 mil, valor que cai para R$ 53 mil com incentivos fiscais (um carro à gasolina custa R$ 40 mil). De cada 10 veículos japoneses, um é elétrico ou híbrido.
Muito bom saber desse blog, vou indicar para a minha equipe na loja de carro seminovo em SP, excelente artigo, parabéns pela matéria, recomendo muito o blog!
ResponderExcluir