sexta-feira, 18 de abril de 2014

Brasil é 10º em ranking de países com maior custo da energia elétrica industrial

Entre os BRICS, Brasil tem energia mais barata que Índia, mas mais cara que Rússia e China

Adaptado de http://www.quantocustaenergia.com.br/quantocusta/quanto-custa/quanto-custa-quanto-custa-a-energia-eletrica-para-a-industria-no-brasil-sistema-firjan.htm

O levantamento anual do custo da energia elétrica para a indústria no Brasil aponta o valor médio de R$ 301,66 por MWh, cinco vezes mais que na Argentina. 

A tarifa brasileira é 12% maior que a média praticada nos 28 países analisados (gráfico). Os dados são do Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) e foram divulgados no último dia 16. 

Na América do Sul, só a Colômbia tem um custo de energia elétrica maior que o nosso; a energia aqui é 2,4 vezes mais cara que nos Estados Unidos.

Entre os países europeus avaliados, França e Holanda são os que tem a menor tarifa, 38% do valor da energia na Itália (a mais cara da União Europeia) e 63% do preço praticado no Brasil. O custo da energia brasileira é, ainda, maior que o da Espanha, Alemanha, Reino Unido e Bélgica. 

No ranking nacional, o estado onde a energia é mais cara é o Mato Grosso; a menor tarifa elétrica para o setor industrial é a do Amapá. 

No Rio de Janeiro e Minas Gerais, os dois maiores parques industriais depois de São Paulo, o custo da energia é bastante alto; estão respectivamente na 4ª e 7ª posição, entre os 27 estados da federação. 

No Sul, a energia mais barata é a do Rio Grande do Sul; a mais cara é a de Santa Catarina, onde a tarifa é em média 26% maior que a fornecida à indústria gaúcha. 

Estado mais desenvolvido do Nordeste, Pernambuco (12ª posição) tem a 2ª tarifa mais cara da região – 11% maior que a de São Paulo (15ª) –, o Maranhão tem o custo mais alto. 

Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe, Alagoas e Bahia praticam preços similares; nesses estados, a maior diferença entre tarifas é de 10%. 

Não há uma lógica entre o nível de desenvolvimento industrial e o custo da energia para o setor. As diferenças de preços provavelmente se devem ao tributo cobrado em cada estado. Juntos com impostos federais, este item representa 27,1% da tarifa cobrada às indústrias. 

Além dos tributos, mais três itens compõem o custo da energia no Brasil: GTD (geração, transmissão e distribuição), que representa 59,0% do valor final; “encargos setoriais”, 9,4%; e perdas (técnicas ou não), 4,5%. 

Outro fator determinante do novo ranking brasileiro (vários estados mudaram de posição, de 2013 a 2014) pode ter sido o forte uso de termelétricas no ano passado, cujo MWh é bem mais caro que o MWh hidráulico. Estados com parque industrial maior foram obrigados a gastar mais.

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