sábado, 11 de julho de 2020

Índia sediará pela primeira vez congresso mundial de energia solar

O evento, programado para o final de 2021, é organizado pela prestigiosa Sociedade Internacional de Energia Solar (ISES)


Nova Deli será palco da próxima edição do principal congresso da ISES, uma organização internacional dedicada à comunicação e ao intercâmbio entre a comunidade científica, industriais e atores políticos, em prol da energia solar.

Com uma população pouco menor que a da China, não por acaso a Índia vai sediar o próximo Solar World Congress (SWC). O governo indiano anunciou no ano passado pesados investimentos em fontes renováveis, visando adicionar à sua capacidade instada 500 GW de energia limpa até 2030.

Até 2022, o país do Sul asiático deverá acumular uma capacidade instalada com energia renovável de 225 GW, incluindo 50 GW de origem hídrica, mais 14 GWth de potência solar térmica em aquecimento de água.

A título de comparação, a capacidade instalada no Brasil com fontes de energia renovável não convencional (eólica e solar fotovoltaica, basicamente) é atualmente de pouco mais de 20 GW, sendo 15,4 GW em instalações eólicas e 4,9 GW em potência fotovoltaica (2,7 GW de geração centralizada e 2,2 GW distribuída).

No ranking de potências acumuladas em aquecimento solar, o Brasil aparece na 5ª posição, com 11,2 GWth, atrás da Alemanha (13,9 GWth), Turquia (17,6 GWth), EUA (17,9 GWth) e China (337,8 GWth). A Índia ocupa a 6ª posição, com 9,5 GWth. A lista consta do relatório Solar Heat Worldwide 2020 (com dados de 2018). 

O SWC/ISES acontece a cada dois anos desde a década de 1950 e, a partir de 1970, passou a ser sediado por outros países. Na Índia será sua 34ª edição, de 24 a 28 de outubro de 2021. As três edições anteriores foram no Chile (Santiago, 2019), UAE (Abu Dhabi, 2017) e Coreia (Daegu, 2015).

A organização do evento de Nova Deli pretende que este se converta “em uma grande plataforma de troca de informações e debates para a comunidade internacional de energia solar e de outras fontes renováveis”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário