Tecnologia
parabolic trough, que deve ser
empregada na Usina Solar de Petrolina, pioneira no país
http://www.glasstec-online.com/cgi-bin/md_glasstec/custom/pub/content.cgi?lang=2&0id=8434ticket=
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Após
o primeiro dia de atividades do II Workshop sobre Centrais Solares Termelétricas
– nesta segunda-feira (22), no Recife – não resta dúvida que Pernambuco deve
liderar a pesquisa e o desenvolvimento (P&D) no Brasil de tecnologia termossolar de concentração.
“Temos
20 anos de atraso no desenvolvimento de tecnologia solar térmica”, disse o
professor Naum Fraidenraich (UFPE), diante de representantes oficiais (MME,
MCT, EPE e BNDES) e de uma platéia entusiasmada, uma centena de pessoas
(professores, engenheiros, pesquisadores e estudantes). Antes tarde...
Ele coordena o projeto Chesf-Aneel “Geração solar termoelétrica com
concentradores cilíndricos parabólicos no Semi-Árido do Nordeste do Brasil”. Trata-se
da primeira central heliotérmica a sair do papel em nosso país, cuja capacidade
prevista é de 1 MW (mega watt).
A usina será instalada na região de Petrolina, que, além de muito ensolarada, conta com a disponibilidade das águas do “Velho Chico”. Uma termoelétrica também precisa de água para funcionar.
A usina será instalada na região de Petrolina, que, além de muito ensolarada, conta com a disponibilidade das águas do “Velho Chico”. Uma termoelétrica também precisa de água para funcionar.
Fraidenraich
lembra que há 3 anos, nenhum fabricante internacional de tecnologia de centrais
heliotérmicas considerava a viabilidade de um empreendimento com capacidade
inferior a 30 ou 20 MW. “Hoje esses fabricantes já estariam dispostos a
construir uma usina de 1 MW”, diz o professor.
Nas
sessões técnicas de hoje, foram apresentados um projeto conceitual (Cepel/Eletrobras)
e resultados de simulação computacional (Cenpes, Chesf/UFPE) de centrais heliotérmicas
baseadas em tecnologia de concentradores cilindro-parabólicos (CCP).
Amanhã serão apresentados os avanços de um projeto pioneiro no Brasil, de uma usina experimental para fins didáticos – baseada em tecnologia de CCP – em fase de construção em Belo Horizonte, cujos autores são o engenheiro Alexandre Heringer (Cemig) e o professor José Poluceno (Cefet-MG). A instalação tem 160 m2 de área de refletores e deverá gerar 1,5 kW.
Amanhã serão apresentados os avanços de um projeto pioneiro no Brasil, de uma usina experimental para fins didáticos – baseada em tecnologia de CCP – em fase de construção em Belo Horizonte, cujos autores são o engenheiro Alexandre Heringer (Cemig) e o professor José Poluceno (Cefet-MG). A instalação tem 160 m2 de área de refletores e deverá gerar 1,5 kW.
De
fato, a comunidade científica brasileira está mais ou menos em sintonia com a
proposta encabeçada pela parceria Chesf-UFPE, que vai além do projeto,
construção e operação da usina-piloto (com tecnologia de CCP) de Petrolina.
O que parece faltar é um engajamento maior dos atores governamentais (representantes do MME e MCT), com vistas à inclusão da geração heliotérmica em nossa matriz elétrica.
O que parece faltar é um engajamento maior dos atores governamentais (representantes do MME e MCT), com vistas à inclusão da geração heliotérmica em nossa matriz elétrica.
O
que se reivindica – para além da execução da planta demonstrativa no sertão
pernambucano – é uma política de fomento consistente ao desenvolvimento da
tecnologia termossolar. Não
só para a geração de eletricidade, mas também de calor para uso industrial – as
chamadas tecnologias solares de média e alta temperaturas.
É
preciso que os formuladores da política energética brasileira (MME, MCT,
Eletrobras, EPE, Aneel) – aliados aos agentes financiadores (principalmente BNDES) – apóiem
a iniciativa da comunidade científica, oferecendo as condições para a criação
de um pólo de P&D em energia solar térmica.
O
primeiro passo (ou melhor, o segundo, em paralelo à implantação da Usina de
Petrolina) seria a criação de um laboratório de referência em energia solar de
concentração, que, além de dar sustentação à operação da planta-piloto e pesquisar
novas tecnologias, seria responsável pela formação permanente de recursos
humanos especializados.
Há
quase 30 anos, a Espanha iniciava seus investimentos no desenvolvimento de
tecnologia solar de concentração, com a criação do maior centro de pesquisa
europeu nessa área: a Plataforma Solar de Almeria.
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