Concepção de uma Central Solar Espacial (NASA)
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A
Academia Internacional de Astronáutica, sediada em Paris, divulgou recentemente
um estudo que aponta para um horizonte de 30 anos a possibilidade de uso da
energia solar extraterrestre para atender às necessidades energéticas do
planeta.
Embora
o Sol seja uma fonte inesgotável de energia – com impacto ambiental
praticamente nulo – o uso eficiente desse recurso energético requer uma
sofisticada tecnologia para fazer face ao seu caráter intermitente e variável.
Latitude,
sazonalidade e cobertura de nuvens são fatores que influenciam a intensidade da
radiação solar incidente na superfície terrestre. Fora da atmosfera, esses
fatores são suprimidos, permitindo que a energia solar seja capturada
diuturnamente, com seu potencial máximo.
Por
exemplo, nas regiões tropicais (as mais ensolaradas), a densidade energética
média anual da radiação solar que atinge o solo (num plano perpendicular aos
raios) não chega a 400 W/m2, enquanto que no espaço ela é superior a
1.360 W/m2, ou seja, 3,4 vezes maior.
“É
inegável que o aproveitamento direto da energia solar extra-atmosférica poderá
ter um papel extremamente importante no suprimento energético do planeta no
século XXI”, afirma John Mankins, coordenador do estudo.
Para
Mankins – que trabalhou na NASA (Agência Espacial Americana) na área de
prospecção durante 25 anos – até 2040, um projeto como este poderia se tornar
economicamente viável.
O
estudo não menciona o investimento necessário para a realização de um projeto
comercialmente rentável, embora aponte como insuficientes eventuais recursos
privados para uma tal empreitada.
O
presidente da Academia Internacional, Madhavan Mair, ex-diretor da Agência
Indiana de Pesquisa Espacial, diz que o estudo foi apresentado como uma
primeira estimativa de potenciais modos de se coletar a energia solar no espaço
e distribuí-la na Terra por meio de transmissões elétricas sem fio.
Já
para alguns céticos, o uso direto da radiação solar espacial para gerar
eletricidade é inviável, a menos que o custo para se colocar em órbita uma
central elétrica comercial desta natureza seja dividido por dez ou mais. Outros
entraves apontados pelos críticos são a gestão dos dejetos espaciais e a
ausência de análises de mercado consistentes.
John
Mankins contradiz tais argumentos de forma otimista, sustentando que o projeto
piloto de uma estação espacial internacional visando demonstrar essa tecnologia
pode ser exequível, mediante o uso de veículos de lançamento de fácil reposição
e baixo custo.
A
ideia de se explorar a energia solar no espaço vem sendo estudada de forma
descontinuada há 40 anos, principalmente
pela NASA e o Ministério de Energia dos Estados Unidos.
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