‘O que eu vejo na natureza é
uma magnífica estrutura que só conseguimos entender com muita imperfeição,
mas que pode satisfazer a uma pessoa com sentimento de humildade’, declarava
Einstein em 1944
(FOTO:
Arthur Sasse, 1951) http://www.flixya.com/photo/2195068/Albert-Einstein-1951
Dois
séculos após Newton ter estabelecido as leis da mecânica e da gravidade,
Einstein mudou a compreensão do universo, com sua Teoria da Relatividade Geral.
Até
então, as leis de Newton eram usadas para explicar vários fenômenos
astronômicos, como as órbitas dos planetas do sistema solar. Mas nem tudo era
completamente explicado pela mecânica newtoniana e, muito antes de Einstein,
cientistas já questionavam o alcance daquela teoria.
A
medida exata de distâncias e tempos envolvendo os movimentos de astros carecia
de uma teoria mais abrangente. E foi Einstein o autor de uma nova teoria, capaz
de descrever espaço e tempo como grandezas “relativas” e, assim, propiciar a
determinação precisa de eventos astronômicos.
Até
chegar a uma teoria de abrangência “ilimitada”, Einstein previu que alguma
coisa movendo-se no espaço a uma velocidade próxima à da luz levaria um tempo
menor para traçar uma dada trajetória, do que aquele medido por um observador
na Terra.
Outra
constatação do gênio foi a de que a velocidade da luz é constante e independente
da velocidade do observador que a está medindo. Nenhum objeto pode se mover a
uma velocidade superior à da luz, conclui Einstein.
Apesar
da descoberta recente – neutrinos movendo-se com velocidade superior à da luz –
que levou cientistas a questionar o campo de validade da teoria de Einstein, seu
extraordinário legado à ciência permanece incontestável.
A
ciência é assim mesmo, feita de uma sucessão irrefreável de paradigmas, uns
dando suporte e lugar a outros. No que tange a luz, uma série de descobertas
teve como protagonistas Maxwell, Morley e Michelson, Einstein e agora os
cientistas do projeto internacional Opera.
Einstein
também teve suas dúvidas, especialmente em relação a uma teoria cosmológica que
pudesse explicar a origem do universo.
Ele
chegou a negar, mas depois voltou a considerar, a hipótese do “éter” – algo que
explicasse a falta de matéria no espaço prevista pela teoria – sem lhe atribuir
“um estado definido de movimento”, como afirmara em uma conferência na
Universidade de Leyden, Holanda, em 1920.
Albert
Einstein nasceu em 14 de março de 1879, em Ulm, Alemanha. Morreu em 18 de abril
de 1955, em Princeton, Estados Unidos.
Destacamos
a seguir alguns fatos marcantes da vida de Einstein. Nossa singela homenagem ao
gênio, no dia do seu aniversário.
1901: reprovada
sua defesa de tese de PhD apresentado à Universidade de Zurique, Suíça.
1902 a 1909:
trabalha no Serviço de Patentes de Berna, Suíça, como perito técnico, atividade
que não impede Einstein de desenvolver suas ideias.
1903: casa-se
com Mileva Maric, com quem tem dois filhos.
1905: completa
sua tese de PhD e publica quatro artigos científicos (dois deles, esboços de
sua Teoria da Relatividade Especial), muito bem recebidos pela comunidade
científica internacional. “Ano milagroso” de Einstein.
1907:
publica um artigo pioneiro sobre a Teoria Quântica, considerada a maior
descoberta da Física no século XX.
1909:
nomeado professor da Universidade de Zurique, onde é agraciado com vários
títulos honorários por suas valiosas contribuições para a ciência.
1914:
muda-se para Berlim, após uma rápida passagem por Praga, para trabalhar em um
prestigiado instituto de pesquisas. Torna-se membro da Academia Real de
Ciências e Letras de Berlim. 1914: separa-se
de Mileva.
1915:
incorpora o efeito gravitacional à sua teoria da relatividade e publica uma
nova e complexa versão, que se tornaria a Teoria da Relatividade Geral.
1919:
casa-se com Elsa Lowenthal, que já tinha duas filhas.
1919:
Crommelin e Eddington (renomados astrônomos) expõem em Londres os resultados de
suas pesquisas: a análise do espaço com base em fotos de estrelas tiradas durante
um eclipse do Sol. O exame das fotos revelou que as estrelas haviam “mudado de
lugar”, fato inusitado e sem explicação plausível. Tal observação causou
estupefação na plateia de ilustres cientistas que assistia à palestra, mas não
surpreendeu Einstein, um dos presentes. Quatro anos antes, ele havia
prognosticado o fato, ao deduzir que a luz proveniente de estrelas distantes se
curvaria ao passar pelo Sol, induzindo observadores na Terra a crer que as
estrelas tivessem se movimentado.
1921: recebe
o Prêmio Nobel de Física, pelo trabalho concluído em 1905, especialmente por
estabelecer a lei do efeito fotoelétrico.
1925:
participa com Mahatma Gandhi de uma campanha pela abolição do serviço militar
obrigatório. Viaja ao Brasil; visita instituições científicas e culturais no
Rio de Janeiro.
1933:
muda-se com sua família para os Estados Unidos.
1936:
torna-se cidadão americano. Morre sua segunda esposa, Elsa.
1939: escreve
ao presidente dos Estados Unidos (Roosevelt) sobre a possibilidade de se
desenvolver armas com alto poder destrutivo baseadas em forças atômicas. Sua
contribuição para derrotar o nazismo.
1943:
nomeado por Roosevelt consultor especial em explosivos de alto poder da Marinha
Americana. Mais tarde, declara-se arrependido de haver encorajado os Estados
Unidos a construir a bomba atômica, reconhecendo que a gigantesca energia
liberada na fissão nuclear nunca deveria ser usada para a destruição, mas para melhorar
o mundo.
1952: convidado
pelo Estado de Israel para se tornar o seu segundo presidente, como recompensa
pelo que havia feito pelo povo judeu e pela paz mundial. Einstein, então com 71
anos e doente, recusa o convite.
Fonte:
“Albert Einstein”, Fiona Macdonald. Watford, Inglaterra: Exley Publications,
1992.
Muito interessante o artigo.
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