http://quixabeiranews.blogspot.com/2012_02_01_archive.html
Segundo
análise feita pelo jornalista Marco Bahé e o professor e Doutor em Finanças
Pierre Lucena – editores do blog Acerto de Contas – considerando uma previsão
de inflação de 6,5% em 2011 (valor confirmado pelo IBGE) e 5% em 2012 e 2013, o
salário de um professor-doutor em início de carreira (Adjunto 1) terá sofrido
uma perda de 14% no período 1998-2013.
“É
possível verificar certa estabilidade nos vencimentos dos professores, desde
1998; não há ganho significativo do salário em nenhum momento, apenas a
reposição da inflação, seja no Governo FHC, seja no Governo Lula”, afirmam os
blogueiros.
De
acordo com o estudo, no final do primeiro governo FHC, um Professor Adjunto 1
recebia cerca de R$ 3,4 mil, salário superior ao dos pesquisadores do MCT e do
IPEA com mesma titulação.
No entanto,
observando a evolução salarial das três carreiras (1998-2011), verifica-se que
os professores das universidades federais tiveram seus salários reajustados bem
abaixo do que foi concedido aos pesquisadores do MCT e IPEA.
Enquanto
o doutor (Professor Adjunto 1 das IFES) recebia em 2011 pouco mais de R$ 7,3
mil, o do MCT recebia cerca de R$ 10,3 mil e o do IPEA quase R$ 13 mil.
“Para
equiparar-se aos salários do MCT, seria preciso um reajuste no salário dos
docentes por volta de 41,1%, e para equiparar-se aos do IPEA, seria necessário
um reajuste de 76,7%”, dizem Bahé e Lucena.
Descontada
a inflação, o salário real do professor em 2011 foi 2,8% menor do que em 1998;
as outras duas carreiras tiveram ganhos reais no mesmo período.
Enquanto
isso em Brasília, o governo “deita e rola” em cima dos representantes sindicais
dos professores das IFES. As “negociações”
iniciadas no final de 2010 parecem não ter avançado um milímetro sequer desde
então. A categoria permanece atônita e fortemente desmobilizada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário