sexta-feira, 9 de março de 2012

‘Quem está por trás de Yoani Sánchez?’, questiona jornalista francês

Para Salim Lamrani, visibilidade espetacular da blogueira cubana é fruto de fraude no Twitter e mentiras sobre acesso à internet 

A blogueira Yoani Sánchez, em Havana, Cuba (FOTO: AFP/Getty Images)
http://www.jornada.unam.mx/2012/02/26/opinion/024a1mun

Em artigo publicado no portal mexicano La Jornada no último dia 26, o especialista em relações Cuba-Estados Unidos Salim Lamrani levanta várias suspeitas sobre as atividades de Yoani Sánchez no Twitter, para contestar a ditadura cubana.

Lamrani, que é Doutor em Estudos Ibero-americanos pela prestigiosa Universidade de Sorbonne, desconstrói a imagem quixotesca que Sánchez tentar passar aos internautas.

Após ter emigrado para a Suíça em 2002, Yoani Sánchez regressa a Cuba em 2004 e, em 2007, cria o blog Generación Y , tornando-se uma contumaz detratora do governo de Havana. Pelas contas de Lamrani, Sánchez já teria recebido 250 mil euros em premiações internacionais, quase 18 mil vezes o salário mensal dos habitantes da Ilha.

O jornalista francês afirma que Sánchez tem “estreitas relações” com a diplomacia americana, a ponto de causar preocupação em autoridades, depois que o WikiLeaks vazou sobre as visitas regulares da blogueira ao diplomata Michael Parmly, em sua residência oficial em Havana.

Sánchez declara ter 214 mil seguidores no Twitter (registrados em 12 de fevereiro de 2012), dos quais uma quantidade irrisória vive em Cuba: 32. Alega seguir 80 mil pessoas no microblog e diz que posta apenas por sms, “sem acesso à web”. Lamrani é taxativo: via sms ou com acesso à internet somente uma vez por semana (de um hotel, como diz Sánchez) é impossível seguir 80 mil tuiteiros.

No site especializado em Twitter www.followerwonk.com, ele constatou uma intensa atividade na conta de Sánchez, a partir de junho de 2010. Ela teria criado diariamente mais de 200 contas, com picos de até 700 em um único dia. Isto só seria possível com auxílio de um “robô da informática”, escreve Lamrani.

Cerca de 13% dos seguidores reivindicados por Sánchez teriam perfis sem foto e, quase 10%, “características de contas fantasmas”, sem atividades mínimas na rede. São muitos os indícios detectados por Lamrani, que o levam a concluir que “esta operação destinada a criar uma popularidade fictícia via Twitter é impossível ser feita sem acesso à internet”.

Há ainda a questão do custo que a blogueira teria para postar seus textos via Twitter. Para publicar a média (verificada em 2011) de 400 posts mensais no Generación Y, Sánchez precisaria desembolsar o equivalente a 25 mil euros todo mês.

Salim Lamrani termina seu artigo com muitas perguntas. Como Yoani pode seguir 80 mil contas sem acesso permanente à internet? Como chegou a se inscrever em até 700 contas Twitter em um só dia? Quem financiou a criação de tantas contas fictícias? Quantos seguidores ela realmente tem? Que interesses estão por trás da figura de Yoani Sánchez? 

Fonte: http://www.jornada.unam.mx/2012/02/26/opinion/024a1mun

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