Tecnologia em estudo representa uma alternativa ao
uso do silício cristalino
Células
solares a base de carbono desenvolvidas pela Unicamp (FOTO: Agostinho
Perri/Unicamp)
Pesquisadores
do Instituto de Química (IQ) da Unicamp estão desenvolvendo um novo tipo de
células solares fotovoltaicas, baseado no uso de material orgânico, ou seja, a base de carbono. Os
avanços da pesquisa foram publicados em setembro de 2011 na edição online da
revista Photochemical & Photobiology
Sciences.
Segundo o pesquisador Luiz Carlos Pimentel Almeida, a técnica de fabricação sequencial empregada “imita” o mais eficiente processo de conversão de energia existente na natureza: a fotossíntese.
Ao realizar procedimento análogo ao dos seres clorofilados – em que cada componente básico ocupa uma posição específica numa organização espacial – “conseguimos ter maior controle sobre a camada ativa dos dispositivos fotovoltaicos”, explica Almeida.
Segundo o pesquisador Luiz Carlos Pimentel Almeida, a técnica de fabricação sequencial empregada “imita” o mais eficiente processo de conversão de energia existente na natureza: a fotossíntese.
Ao realizar procedimento análogo ao dos seres clorofilados – em que cada componente básico ocupa uma posição específica numa organização espacial – “conseguimos ter maior controle sobre a camada ativa dos dispositivos fotovoltaicos”, explica Almeida.
Entre os materiais empilhados em camadas na fabricação das células solares orgânicas, estão polímeros e nanotubos de carbono, estes últimos atuando como elemento ativo das células. Foi observado que não há geração de corrente elétrica na ausência dos nanotubos de carbono.
A pesquisa em desenvolvimento no IQ/Unicamp visa a obtenção de filmes
finos em multicamadas, que sejam capazes de atuar como camadas ativas para
células fotovoltaicas.
Uma das vantagens das células
solares orgânicas é a sua maleabilidade. Na foto, o spray-on solar cells:
protótipo com semicondutores a base de carbono desenvolvido pela Mitsubishi
Chemical.
http://www.independent.co.uk/environment/sprayon-solar-may-be-future-for-green-energy-2343590.html
As principais vantagens das células solares orgânicas, em relação às convencionais (de silício mono ou policristalino), é que elas são potencialmente mais baratas e flexíveis (tal como as de silício amorfo), o que permite sua aplicação sobre qualquer superfície. Mas ainda há desafios tecnológicos a superar.
Para a coordenadora
da pesquisa, Ana Flávia Nogueira, a inovação do projeto do IQ/Unicamp vai além
da simples adaptação de uma técnica já existente para a fabricação de células
solares. São
várias exigências a serem cumpridas, desde a lavagem do substrato até o
posicionamento preciso das camadas, para se obter o dispositivo ideal.
De acordo
com a professora Ana Nogueira, quando totalmente desenvolvidas, as células
solares orgânicas poderão ser muito mais baratas porque poderão ser fabricadas
em série e de forma contínua, semelhante à impressão de jornais.
Justo o que eu procurava sobre energia fotovoltaica bh
ResponderExcluir