Esquema do sistema de aquecimento solar compacto “CESI otimizado”. ILUSTRAÇÃO: GDF
Suez - Crigen (Adaptado de Le Journal des
Énergies Renouvelables Nº 215, maio-junho 2013)
A
mais recente “regulamentação térmica” de edificações na França traz alento à
recuperação do mercado de aquecedores solares, em queda nos últimos anos.
De
olho no que diz a RT 2012 – que um sistema de energia renovável deve ser
incorporado às novas residências individuais – a indústria termossolar criou produtos
menores, compactos e de fácil instalação.
“Constatamos
que os aquecedores solares eram muitas vezes superdimensionados ou projetados
para produzir 100% da água quente no verão, o que não é a melhor
configuração, podendo inclusive gerar superaquecimento e danificar a instalação”,
explica Élisabeth Aubert, chefe da divisão de energias renováveis da GrDF -
empresa de gás francesa.
Uma
análise dos pedidos de certificação de Edificação de Baixo Consumo (BBC, na
sigla em francês) mostrou que 76% da energia usada no aquecimento das casas em
2005 era de origem elétrica e apenas 6% suprida por gás, passando respectivamente
a 51% e 37% em 2011.
Com
a RT 2012, vigente desde o início do ano, pretende-se que o consumo energético
anual de novas construções com selo BBC seja drasticamente reduzido, passando de 150 para 50
kWh/m2.
A
norma impõe a instalação de pelo menos 2 m2 de coletor solar, ou que a casa
seja conectada a uma rede de calor alimentada em 50% por uma fonte limpa, ou
utilizar no mínimo 5 kWh/m2.ano de energia renovável ou, ainda, fazer uso de um
aquecedor termodinâmico (“bomba de calor”).
Os fabricantes do setor solar térmico passaram, então, a oferecer aos construtores produtos
compactos que atendem à norma RT 2012, entre eles, o aquecedor de água solar
individual (CESI, na sigla francesa) “otimizado”.
Este
sistema – concebido para casas pequenas, com área útil inferior a 130 m2 –
permite o uso mais eficiente da energia, complementando a fonte solar com a combustão
de gás.
O
CESI otimizado consiste de um coletor solar (de 2 a 2,5 m2) conectado a um
trocador de calor dentro de um tanque de estocagem térmica (de 110 a 180
litros) e um aquecedor a gás “de condensação” (aproveita o calor latente do
vapor d’água dos gases de combustão) para períodos de pouco sol.
Além
do CESI otimizado, o mercado francês conta com mais três gamas de produtos que respeitam a RT 2012, destinados a casas maiores: “Coluna solar” (com complemento a
gás), “CESI clássico” (complemento a gás, biomassa ou diesel) e “CESI
eletro-solar” (com aquecimento elétrico auxiliar).
Fonte: Le Journal des Énergies Renouvelables Nº 215, maio-junho 2013
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