Central de
ar condicionado solar, de 500 kW, do Hospital Regional Echuca, em Victoria,
Austrália. http://designbuildsource.com.au/solar-cooling-the-futue-of-air-conditioning
O
resfriamento solar é tido por especialistas na Austrália como “o futuro do ar condicionado”, porque
permite uma grande economia de energia primária e, portanto, uma redução na
emissão de gases poluentes.
É uma via tecnológica promissora para um país cujas áreas urbanas
concentram-se em regiões de clima subtropical e temperado, com verão quente e inverno ameno, adequadas ao condicionamento de ar
por energia solar.
Para
dar suporte técnico e incentivar a implantação de novos projetos de ar
condicionado solar, o Instituto Australiano de Refrigeração, Ar Condicionado e
Aquecimento (AIRAH, na sigla em inglês), criou um grupo de trabalho
especialmente voltado ao resfriamento solar.
“Uma
vez que o sol incide para baixo e os coletores são voltados para cima [captando
parte da radiação que incide nos telhados], nada mais lógico do que ar
condicionado solar”, diz Phil Wilkinson, diretor do AIRAH.
Wilkinson vê com otimismo o desenvolvimento da climatização solar no setor de refrigeração, ar condicionado e aquecimento, como alternativa para reduzir tanto a necessidade de investimentos em infraestrutura elétrica, como a emissão de gases de efeito estufa.
Wilkinson vê com otimismo o desenvolvimento da climatização solar no setor de refrigeração, ar condicionado e aquecimento, como alternativa para reduzir tanto a necessidade de investimentos em infraestrutura elétrica, como a emissão de gases de efeito estufa.
De acordo com Kyle Briggs – um dos principais
especialistas da Austrália em ar condicionado e diretor da Plum Heating and Cooling Melbourne – usar energia solar para produzir frio é, de longe, a solução mais
eficaz para diminuir o consumo com resfriamento.
“Com os preços da eletricidade em níveis alarmantes, o
uso de ar condicionado solar poderia ser uma alternativa de longo alcance para
ajudar o país a reduzir sua dependência de tecnologias de refrigeração
convencionais”, afirma Briggs.
A
tecnologia que transforma o calor do sol em frio é similar à dos
primeiros refrigeradores, que funcionavam à base de “absorção”, um processo em que o gás se
move basicamente a custa de energia térmica.
Esquema de funcionamento de um ar condicionado solar
Adaptado de http://designbuildsource.com.au/solar-cooling-the-futue-of-air-conditioning
Adaptado de http://designbuildsource.com.au/solar-cooling-the-futue-of-air-conditioning
Coletores solares aquecem a água que fornece o calor necessário para acionar uma unidade resfriadora de água (um chiller de absorção ou adsorção) que, por sua vez, vai esfriar em um “trocador de calor” o ar do ambiente a ser climatizado (imagem).
Parte
da energia solar é armazenada em um tanque; a eletricidade consumida é mínima,
usada apenas para acionar bombas, que requerem bem menos energia do
que compressores, já que estes “bombeiam” gás.
A
produção de frio usando energia solar tem se desenvolvido em várias partes do
mundo, embora a maioria dos projetos esteja na Europa. Na Austrália, estão em
operação 10 instalações de ar condicionado solar.
Uma
delas é a do hospital público Echuca (foto), em Victoria. O sistema proporciona uma economia anual de 60 mil dólares em
energia elétrica, evitando a emissão de 1.400 toneladas de CO2.
Um
campo de 442 m2 de coletores solares de tubo evacuado alimenta com água quente
um resfriador (chiller de absorção),
com potência de 500 kW de frio. Um aquecedor a gás natural é usado como fonte
de calor auxiliar.
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