http://www.barcheamotore.com/content/files/images/11272/025_NAVIGARE_MEGLIO.jpg
Apesar
da abundância de sol no Brasil, a eletricidade solar sempre foi cara comparada
àquela produzida por outras fontes e, portanto, “carta fora do baralho” nos
certames para oferta de energia nova.
Com
a previsão de queda de 45% no custo do kWh fotovoltaico até 2018, o governo abre possibilidade
à geração solar de participar do próximo leilão de energia, previsto para outubro
deste ano.
O Brasil tem um potencial de energia solar gigantesco, que poderia ser aproveitado de forma massiva tanto
para aquecimento, via coletores térmicos, quanto para geração elétrica, via
painéis fotovoltaicos.
Estima-se
que o território nacional dispõe de 20 MW de capacidade solar fotovoltaica, que
poderia ser usada principalmente para abastecer localidades remotas, nos casos
em que a extensão da rede elétrica seja economicamente inviável.
Esta
fonte inesgotável de energia limpa e renovável vem sendo subutilizada (no caso da conversão térmica) ou praticamente não explorada (no caso da conversão fotovoltaica) devido
ao custo da tecnologia, até então proibitivo, em relação ao de outras fontes.
Segundo
o Ministério de Minas e Energia (MME), o preço atual da eletricidade solar está
entre R$ 280 e R$ 300 por mega-watt-hora (MWh), mas pode cair para R$ 165/MWh
em cinco anos, o que tornaria a energia fotovoltaica mais competitiva nos leilões.
Mesmo
que isto pareça um contrassenso, já que em 2018 o custo da energia solar seria
ainda 65% maior que o da eólica atualmente (em torno de R$ 100/MWh), com a
abertura do mercado, o governo espera atrair investidores, de modo a garantir a
fabricação no país de equipamentos e componentes voltados à geração fotovoltaica.
Assim
como se deu a evolução do mercado de energia eólica, o desenvolvimento da
eletricidade solar no país acompanharia o avanço tecnológico mundial.
“Os painéis
fabricados no leste asiático deveriam ter 20 anos de vida útil, mas estão
durando apenas 2. O Brasil não quer se tornar um depósito de equipamentos de
baixa eficiência”, declarou Jorge Paglioli Jobim, diretor técnico do MME.
O
presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim,
anunciou na semana passada que, além da energia solar, o leilão A-3 (com
entrega a partir de 2016) prevê a participação de eletricidade produzida com
resíduos sólidos. Uma novidade, que tem por objetivo “mapear” a competitividade
dessas fontes, explicou Tolmasquim.
A EPE já vislumbrava um papel relevante para a geração fotovoltaica na matriz
elétrica brasileira, desde o ano passado. “O Brasil possui características naturais favoráveis, tais
como, altos níveis de insolação e grandes reservas de quartzo de qualidade, que
podem gerar importantes vantagens competitivas para a produção de silício com
alto grau de pureza, células e módulos solares”, diz a Nota Técnica EPE,
publicada em maio de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário