Professora da rede pública do RN cujo discurso virou hit no You Tube se recusa a receber prêmio do PNBE
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Amanda Gurgel é a professora que teve um vídeo do seu desabafo sobre as condições precárias do magistério no Rio Grande do Norte assistido por mais de um milhão de internautas.
Ela se recusou a receber, no último sábado, um prêmio em sua homenagem oferecido pela associação Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE). O prêmio que a organização havia dedicado a ela foi na categoria “educador de valor”.
Ela se recusou a receber, no último sábado, um prêmio em sua homenagem oferecido pela associação Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE). O prêmio que a organização havia dedicado a ela foi na categoria “educador de valor”.
Gurgel justificou sua recusa – ao prêmio consagrado pela primeira vez (desde a sua criação, em 1994) a uma professora – citando os grandes grupos financeiros e de comunicações, empresas “ambientalmente corretas” e personalidades políticas (FHC, Marina Silva e outros) já agraciadas com o prêmio PNBE. “A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades”, justificou.
Gurgel, que é formada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, disse que seus projetos são “diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE”, grupo mantido por empresários paulistas. Segundo ela, este grupo é comprometido apenas com “a economia de mercado, a mercantilização do ensino e o modelo empreendedorista”. Não é à toa que FHC tenha recebido tal prêmio [nota do blogueiro].
“Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal”, falou e disse a brava professora, justificando sua recusa ao prêmio.
Além da valorização do trabalho docente, Gurgel defende a elevação para 10% da destinação do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública.
Além da valorização do trabalho docente, Gurgel defende a elevação para 10% da destinação do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública.
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