Primeira do gênero no Japão,
central solar flutuante de Okegawa, com tecnologia Hydrelio, desenvolvida e
instalada pela empresa francesa Ciel et Terre.
http://floating-solar-system.blogspot.com.br/2013/08/the-inauguration-of-worlds-largest.html
A
limitada disponibilidade de terrenos não é barreira para a produção de
eletricidade solar no Japão.
Mais
uma usina fotovoltaica com painéis flutuantes começou a ser construída, dessa
vez, no distrito de Kato.
Com
127 milhões de habitantes, o 3º maior PIB do planeta e o 10º IDH, o Japão tem
uma área pouco maior que a do Mato Grosso do Sul, com uma densidade demográfica
50 vezes maior.
Como
país rico e altamente industrializado, é um devorador de energia. Seu consumo
energético per capita é quase o dobro da média mundial.
O
setor energético japonês depende fortemente de importação, especialmente de
combustíveis fósseis: 1º importador mundial de gás natural, 2º de carvão e 4º
de petróleo. É o 3º maior produtor de energia nuclear do mundo.
As
fontes renováveis representam apenas 5,3% do consumo total de energia primária,
com predominância da fonte hídrica (68%) ante as demais (biomassa, solar,
eólica e geotérmica).
Já
em termos de produção elétrica, as fontes limpas representam quase 12%, assim
distribuídas: hídrica 7,5%, biomassa 3,1%, solar 0,7%, eólica 0,4% e geotérmica
0,2%.
Fatores
externos (a necessidade de contribuir com o esforço global para reduzir as
emissões de CO2) e internos (o acidente nuclear de Fukushima) pressionam o
Japão a melhorar a qualidade de sua matriz energética, aumentando a
participação de fontes renováveis. Neste contexto, a energia solar parece ter garantido um lugar de destaque.
No final de março de 2013, a capacidade fotovoltaica acumulada no arquipélago era de 1,66 GWp. Um ano depois, saltou para 7,04 GWp. Além do extraordinário incremento registrado em apenas 1 ano (5,38 GWp), o perfil de aplicações da energia solar mudou sensivelmente.
No ano fiscal anterior, as instalações residenciais representavam 58% da capacidade solar instalada; já em 2014, caiu para 29%, enquanto que as aplicações comerciais e de de geração em larga escala passaram de 42% para 81%.
No final de março de 2013, a capacidade fotovoltaica acumulada no arquipélago era de 1,66 GWp. Um ano depois, saltou para 7,04 GWp. Além do extraordinário incremento registrado em apenas 1 ano (5,38 GWp), o perfil de aplicações da energia solar mudou sensivelmente.
No ano fiscal anterior, as instalações residenciais representavam 58% da capacidade solar instalada; já em 2014, caiu para 29%, enquanto que as aplicações comerciais e de de geração em larga escala passaram de 42% para 81%.
Ao que tudo indica, o boom verificado entre 2013 e 2014 torna-se tendência para os próximos anos. O Japão deve continuar investindo fortemente em energia solar, especialmente na
geração elétrica baseada em painéis fotovoltaicos flutuantes.
Em
julho de 2013, foi inaugurada a central solar de Okegawa (foto), até então a maior do
mundo sobre águas, com uma capacidade instalada de 1,2 MWp (mega-watt pico).
No
último mês de setembro, duas empresas japonesas (Kyocera e Century Tokyo
Leasing Corporation) – em parceria com a francesa Ciel et Terre – começaram a construção de mais duas centrais
solares, com tecnologia de estruturas flutuantes Hydrelio.
Uma,
com potência recorde de 1,7 MWp, será instalada
próxima à Nishihira; a outra, com 1,2 MWp, em Higashihira. A entrada em
operação de ambas está prevista para abril de 2015.
Os
módulos fotovoltaicos que compõem as duas centrais são de 255 Wp e a área
ocupada pelos painéis é de 0,8 hectares por MWp instalado.
A
Kyocera e a Centrury Tokyo Leasing estão associadas desde 2012 e respondem pela
construção de 28 usinas solares no Japão, das quais 11 encontram-se em
operação.
A
opção pelo fotovoltaico flutuante justifica-se pela abundância de lagos
destinados à irrigação e à gestão de inundações. Até maio de 2015, o país
deverá contar com 60 MWp instalados com este tipo de tecnologia.
Fonte: Le Journal des Énergies Renouvelables No 223, setembro-outubro 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário