Tecnologia
WaveRoller (FOTO: AW Energy), Le Journal des Énergies Renouvelables No
223, setembro-outubro 2014
Mundo
fluido de água e ar, o meio marinho oferece inúmeras alternativas aos
engenheiros em busca de fontes de energia limpa para o futuro.
As
mais suscetíveis de exploração – o vento e as correntes marítimas – já estão próximas da
maturidade.
O
complexo movimento periódico da interface ar-água na superfície livre de mares
e oceanos incita a disputa entre tecnologias que miram um mercado promissor.
Mas
o espectro de possibilidades para se produzir energia renovável vai
muito além de fontes mecânicas acima ou abaixo do nível das águas marinhas.
Novos
nichos tecnológicos despontam, visando o potencial termodinâmico das
águas – pelo uso das diferenças de temperatura entre níveis de profundidade –
ou o aproveitamento de gradientes salinos.
Neste
post, vamos focar apenas as tecnologias emergentes de “hidrolianas” – turbinas
hidráulicas (imersas ou flutuantes) – que utilizam a energia cinética de correntes
marítimas, tal como as eólicas aproveitam os ventos.
No
marco do projeto europeu MERiFIC, o estado da arte da estocagem
de energias marinhas renováveis revelou 35 projetos com grande
potencial de desenvolvimento tecnológico; à exceção de um deles (nos EUA),
todos em águas da Europa.
Foram
identificados 9 projetos em estágio de P&D e de pré-factibilidade, 15 em
fase pré-comercial de protótipos demonstrativos, 4 em fase comercial e 3 classificados
como “tecnologias maduras”.
A
agência britânica de inovação TSB e a associação canadense de pesquisa em
energia offshore OREA vão investir
755 mil libras esterlinas (R$ 3 milhões) em projetos de P&D, para
impulsionar a energia hidroliana nos dois países.
Tecnologias “hidrolianas”: Bilboquet (à esquerda), Seabased
(no alto) e WaveRoller (embaixo). Le Journal des
Énergies Renouvelables No 223, setembro-outubro 2014
A
empresa australiana Atlantis Resources venceu uma licitação de 9,5 milhões de
euros (R$ 29 milhões) para fabricar infraestrutura para duas turbinas
hidrolianas, de 1,5 MW cada uma, dentro do projeto MeyGen.
O MeyGen é um parque hidroliano, instalado no estreito das Orcades (Escócia), com
capacidade instalada projetada para 9 MW, uma potência suficiente para alimentar
4.500 casas.
A
Atlantis ganhou também uma concessão para explorar águas marinhas escocesas durante 25
anos, com a instalação de turbinas que somam 398 MW.
Já
a empresa Sabella, da região da Bretanha (França), anunciou a aprovação de um
projeto de 5,8 milhões de euros (R$ 18 milhões), para testar um de seus protótipos em condições reais
de operação.
O
Sabella D10 será testado até o final de 2014, a uma profundidade entre 50 e 55
metros, na passagem de Fromveur, no noroeste francês.
Entre
dezembro de 2013 e abril de 2014, a OpenHydro testou nas águas francesas de
Côtes-d’Armor o seu protótipo de hidroliana Arcouest.
Agora a empresa vai fornecer duas
máquinas de segunda geração à EDF (maior produtora e distribuidora de energia
da França) para serem instaladas e testadas no mesmo parque piloto de Armor, em
2015.
Fonte: Le Journal des
Énergies Renouvelables No
223, setembro-outubro 2014
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