http://www.rts.ch/info/suisse/3737200-swissolar-voit-grand-en-matiere-d-energie-solaire.html
O
leilão de energia de reserva realizado ontem pela Aneel foi considerado um “marco” no
setor elétrico nacional.
Além
de registrar o recorde de 104 rodadas, o certame efetivou pela primeira vez a
contratação de projetos de geração solar, que devem injetar na rede elétrica
quase 890 MW.
O mercado esperava que neste leilão fossem contratados entre 500 MW e 1.000 MW, com pequeno deságio, devido a incertezas quanto ao suprimento de equipamentos solares por fabricantes nacionais. O deságio acabou sendo expressivo: cerca de 18%.
No
Brasil só uma empresa fabrica módulos fotovoltaicos e alguns componentes das
usinas são importados. Fabricantes internacionais aguardavam o resultado do
leilão para definir a instalação de indústrias no país.
Os
leilões de energia de reserva (LER) servem para aumentar a garantia física do
sistema elétrico nacional. As fontes renováveis contempladas neste último foram
a eólica, a solar e a biomassa.
Segundo
a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), foram cadastrados 1.034 projetos, sendo
626 eólicos, 400 de solar fotovoltaico e 8 de termelétricas a biogás e resíduos
sólidos urbanos.
Foram
negociados 15,9 bilhões de reais em contratos de energia solar e eólica, com
duração de 20 anos. Nenhum projeto de geração a base de biomassa foi contratado
neste LER.
A
capacidade instalada dos projetos contratados no leilão de ontem somam 1.817 MW,
dos quais 769 MW são de empreendimentos em energia eólica.
As usinas solares vencedoras devem produzir eletricidade a partir de 2017 e serão instaladas em 7 estados: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
As usinas solares vencedoras devem produzir eletricidade a partir de 2017 e serão instaladas em 7 estados: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
A
energia gerada a partir do sol, contratada ao preço médio de R$ 215 por MWh, “coloca
o Brasil como uma das fronteiras da expansão da energia solar no mundo”, disse o
presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.
Ele
afirmou que o preço da energia solar neste LER pode servir de referência para
futuras propostas. À medida que se consolida no país o desenvolvimento da
geração solar, os preços tendem a sofrer uma trajetória de queda, concluiu o
presidente da EPE.
A
meta de capacidade instalada para a fonte solar até 2023 havia sido fixada
originalmente em 3,5 GW, mas pode ser revista para cima, como deixou a entender
Tolmasquim em entrevista coletiva. No mesmo horizonte de tempo, a EPE
estabeleceu quadruplicar a capacidade eólica instalada.
Recentemente,
o Brasil ficou em 9º lugar no ranking de países mais atraentes para
investimentos em fontes de energia limpa, elaborado pela consultoria EY.
Há
muito tempo que a matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo,
tendo como carro-chefe a fonte hídrica. O inédito leilão de ontem foi um passo importante
rumo à diversificação de nossa matriz elétrica.
O
aproveitamento de novas fontes renováveis –
como
a solar – vai tornar o país menos vulnerável aos efeitos do aquecimento global,
que nos últimos anos tem afetado regimes hidrológicos e requerido o uso de
termelétricas poluidoras.
Entramos definitivamente na era da energia solar fotovoltaica comercial. Os preços irão abaixar ainda mais. Agora precisamos avançar rumo à termelétrica solar.
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