http://www.metrolic.com/fraud-behind-global-warming-theories-4279/
Seis
dias após a publicação de um artigo incendiário no The Wall Street Journal (em 27.1.12), desafiando o discurso
hegemônico do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), a
réplica veio curta e grossa.
Em
resposta ao artigo No need to panic about
global warming (“Não tenha medo do aquecimento global”), um grupo de
cientistas do IPCC publicou – também no TWSJ – o texto Check with climate scientists for views on climate (“Para saber
sobre o clima, consulte um especialista no assunto”).
Em
apenas 6 parágrafos – contra 14 do texto provocador – a turma do IPCC tratou
de desqualificar os seus 16 autores. “Você vai ao dentista para fazer um
checkup do coração?”, ironizam logo de cara. “A reputação dos que fazem
ciência, assim como em qualquer outra área, vem do conhecimento que os
especialistas adquirem e por suas publicações revisadas por pares”, alegam os 38
signatários da réplica.
Os
autores do artigo (que provocou a irônica resposta da corrente majoritária de
cientistas) levanta supostas inconsistências que sustentam as conclusões
alarmantes do IPCC sobre o futuro do clima. A publicação gerou mais de três mil
comentários e provocou a fúria de alguns internautas, que reverberaram o
assunto nas redes sociais.
A
controvérsia científica em torno do aquecimento global não é nova, mas ressurge
forte na mídia com o polêmico artigo do grupo de “dissidentes”. Para eles, o
que tem aumentado a cada ano não é a temperatura da atmosfera, mas sim a
quantidade de cientistas “hereges”, dos que não comungam da ideia “consensual”
propalada pelo IPCC.
Os
céticos do clima relembram o Climagate
– o email do climatologista Kevin Trenberth enviado a um colega em 2009, que
vazou – no qual ele afirmava que não se podia explicar a falta de aquecimento
atmosférico naquele momento.
A
verdade é que, nos 22 anos desde os primeiros relatórios do IPCC, a intensidade
do aquecimento foi bem menor do que previam os modelos. Este “embaraço” teria
causado uma mudança no discurso do IPCC; substituíram “aquecimento” por
“ocorrência de eventos extremos”. Ao contrário do que é anunciado, os dissidentes
isentam o CO2 de ser o grande vilão do clima e atribuem ao vapor de H2O e à
formação de nuvens o calcanhar de Aquiles dos modelos climáticos do IPCC.
O
texto destaca, ainda, a opressão sofrida pelos cientistas que expõem dúvidas
sobre a veracidade da influência do homem sobre o clima global. E relembram a
forte represália sofrida por Chirs de Freitas – então editor do periódico Climate Research – que aprovou em 2003 a
publicação de um artigo dos astrofísicos Willie Soon e Sallie Baliunas.
Este
artigo trazia a conclusão “politicamente incorreta, mas factualmente correta”,
de que nada havia de incomum no aquecimento verificado recentemente, no
contexto das mudanças de clima ocorridas nos últimos mil anos. Freitas
foi banido do periódico.
Já
a resposta ao polêmico texto do grupo de dissidentes veio em tom de deboche; a
argumentação central foi a de que eles não eram pesquisadores envolvidos
diretamente em estudos avançados sobre o clima.
Alegam
que os estudos do IPCC são feitos pelos mais qualificados especialistas do
mundo, nas melhores instituições, e suas conclusões são corroboradas por 97% da
comunidade científica.
“Observações
mostram de forma inequívoca que a última década foi a mais quente (...) o mundo
está aquecendo-se e os humanos são os principais responsáveis”, afirmam. Mas nada
mencionam sobre vapor d’água e nebulosidade.
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